domingo, 23 de outubro de 2011

OPERAÇÃO AZEITONA 2011

Olá a todos:


Já começa a ser um ritual de todos os anos a apanha da azeitona no meu "olival".
O dito é constituído por apenas 1 (uma) oliveira e, por ser tratada com todo o carinho durante o ano, retribui com uma farta produção de azeitonas.
Nos anos transactos, todas as azeitonas colhidas têem servido para consumo próprio, retalhadas ou de salmoura, são consumidas cá em casa e na de alguns vizinhos e amigos com quem partilho a produção.
Reservo quase sempre cerca de 20 kgs para retalhar, curtir e temperar e as restantes, são guardadas em garrafões de plástico, mergulhadas em àgua com sal e conservam-se assim durante bastante tempo.
Vão-se retirando depois as porções que vão sendo necessárias para as necessidades do dia-a-dia, para dar, etc.


Este ano, a colheita fez-se bastante mais cedo por causa das condições climáticas ... tempo quente e seco faz adiantar o amadurecimento e, este sábado, depois duma noitada no NB em Coimbra até às 5 da manhã, e por entre muitos bocejos, entrecortados por "ais" de cada vez que era preciso subir ou descer a escada, foi realizada a "Operação AZeitona 2011.
Para esta operação, e atendendo ao elevado número de meios envolvidos (3 baldes de plástico, 2 caixas de fruta em cartão, 8 sacos de adubo vazios, 3 bases de tapetes em rede, ... )foram convidados o Instituto para as Condições e Higiene no Trabalho, a Liga dos Bombeiros e um representante do Governo Civil, para ver em que condições de segurança esta Operação Azeitona se realizava.
Infelizmente, aos contactos que mantive antes, foi-me invariavelmente respondido por todos que os cortes orçamentais impediam a sua presença o que desde já lamentamos e, embora não tenhamos qualquer responsabilidade no sucedido, mesmo assim, apresento um sincero pedido de desculpas a todos os meus leitores, habituados aos mais elevados padrões de qualidade em todas as realizações que levo a cabo ...
Pois bem, comecei cerca das 9:00 (não consegui levantar-me mais cedo,..ainda tinha nos ouvidos os "huntzs huntzs huntzs" de algumas horas atrás e cerca das 10:30 clamei pela ajuda dos meus filhos pois tinha já contado 728 azeitonas e apenas meio balde estava preenchido ...


O meio balde ....



Aqui ainda cheio de entusiasmo matinal ...a chamada ... pois, vocês sabem o que é ...
não posso dizer, este é um espaço familiar ...
Sim, contei-as todas ... optei por não varejar e apanhei-as manualmente ... o que dá mais trabalho mas preserva-as fisicamente melhor, sem serem molestadas pela vara que as faz cair...
O João e a Joana vieram ajudar-me embora ao fim de 10 mnts a Jona já tivesse dado 28 "ais", bufado 46 vezes (ou 47, confesso que houve uma altura em que me distrai) e em determinada altura tivesse posto em causa o seu gosto pelas azeitonas, dizendo que para o ano, talvez fosse preferível deixar de gostar e não ter que apanhá-las...


Nesta foto, a expressão de entusiasmo e força de vontade da Joana, exasperada por
 ter interrompido o seu trabalho para tirar uma foto ....

Eram já cerca de 11:30 quando a Joana, sábiamente disse: "Ó pá... as azeitonas são tipo os números ... infinitos !!!" ...
Fiquei contentíssimo por ouvir tal coisa duma miúda com dificuldades à Matemática e pensei comigo ... boa, as explicações estão a começar a dar resultado ... que bom !!!





Como podem ver, a azeitona era de boa qualidade e sã.

Bem, foi até deixar de ver ... foram colhidos mais de 100 kgs de azeitona, tendo optado, desta vez, por ficar com apenas cerca de 20 kgs para curtir, sendo os restantes entregues a um amigo que as juntaria com as dele para fazer azeite num lagar próximo ...
Para o ano cá voltarei ao tema se, entretanto, não me for lançado mais um imposto que me faça desistir da agricultura...

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