sábado, 5 de agosto de 2017

OS LESMAS - PASSEIO AO DOURO 2017








Como estava agendado, OS LESMAS foram fazer o seu Passeio ao Douro 2017 numa espécie de reedição e em formato parecido com o de 2015.

Assim, no sábado dia 22 de Julho, juntou-se a rapaziada que havia de começar o passeio (outros se nos juntariam lá mais para norte).



E eram cerca das 08:45 quando nos fizemos à estrada ... pelo IP3, aproveitando o tempo limpo, com sol mas temperaturas abaixo dos 20º, o que era perfeito para viajarmos.

Uma primeira paragem na antiga estação da CP em Parada de Gonta, que hoje é um pequeno snack-bar que serve os utilizadores da Eco Pista do Dão, outrora a linha de caminho de ferro de Santa Comba a Viseu.

Alguns de nós revivemos bons momentos passados há uns meses atrás quando a percorremos de bicicleta.


Depois de nos reunirmos, após uma pequena distracção do Relvão que, a apenas 10 metros do cruzamento, se perdeu do grupo 😀 pôde-se, finalmente, degustar o bolo da Sílvia, que quase sempre nos surpreende com novos e deliciosos sabores. 😉


Prosseguimos depois já sem entrar na IP3... estávamos com tempo e a N2 estava mesmo ali ao lado.

Em Viseu, tomámos a direcção de Sátão pela N229, que há muitos anos não percorria, e a cada km vencido ficava ainda mais feliz por ter escolhido aquele trajecto pela beleza das suas paisagens e traçado da estrada.

E sempre pela mesma estrada até São João da Pesqueira, onde chegámos cerca das 12:30 ... era tempo de encontrar o restaurante Cantiflas, que não constava do meu GPS ...

Fiz como antigamente, usei o AJP (Abre a Janela e Pergunta) e a cerca de 5 kms da vila, no lugar de Espinho, encontrámos o Cantinflas.


As negociações foram difíceis para conseguir enquadrar o preço do almoço no budget d'OS LESMAS mas, apesar de ter resvalado um pouco pelos "trabalhos a mais", valeu cada cêntimo 👏



Depois de almoço, e porque o bom senso aconselhava a que não fôssemos andar já de mota, dirigimo-nos ao Museu do Vinho onde nos aguardava o João Oliveira, responsável do museu e também ele um motard "dos sete costados".... estávamos a jogar em casa 😉


O museu é distribuído por 4 pisos e, em ambiente moderno, amplo e muito bem iluminado, conta-nos a história do Vinho do Porto.


Desde os seus utensílios, personagens mais importantes, tais como a D. Antónia Ferreira e o Barão de Forrester, às castas, doenças da vinha, ... o museu transporta-nos para o mundo da cultura da vinha e do seu precioso néctar.




O edifício, só por si, vale a pena visitar. De construção recente, arquitectura moderna e de formas arredondadas, quiserem os seus arquitectos dar-nos a sensação de estarmos dentro dum tonel gigante.

E a visita acabou com (mais uma 😀) degustação de vinho do Porto ... era tempo de retomarmos o nosso passeio e o destino agora seria o miradouro de São Salvador do Mundo, a pouco mais de 5 kms de São João da Pesqueira, na CM 1121 a caminho da barragem da Valeira.


A paisagem tinha-se modificado radicalmente ... se até perto de São João da Pesqueira a estrada era emoldurada com oliveiras, pinhal, ... agora tudo o que nos rodeava era a planta que dava o mais famoso vinho do mundo.


Aceder ao miradouro de São Salvador do Mundo é fácil ... a estrada é asfaltada, embora estreita e, a cerca de 50 metros do topo, onde existem duas pequenas ermidas, está vedada com uma corrente, separando o fim do asfalto e um "empedrado" difícil e não aconselhável para as motos.




As paisagens que dali se avistam são arrebatadoras e dignas de postais turísticos ...








e feita a descida do monte, prosseguimos até à barragem da Valeira que dá acesso ao lado norte da margem do Rio Douro e, por conseguinte, ao distrito de Bragança.


Tal como quase todas as da região, também esta CM 1121 é lindíssima pelas paisagens que proporciona e pelo traçado sinuoso descendente.

Assim que passado o Douro, é a estrada M633 que, subindo por entre frondosos vinhedos, nos leva até Parambos e depois, descendo novamente mas já pela N214, até à estação do Tua.

Não tínhamos prevista nenhuma paragem na estação, mas avistou-se uma coluna de fumo que indiciava que o comboio histórico ali estaria ... e estava mesmo !!!! 😀


Foi um momento muito bom, pois alguns de nós, que passaram a sua idade escolar a viajar de comboio, puderam revisitar a sua infância vendo a máquina em manobras e, em excelente estado de conservação, a rebocar as 4 carruagens com quase um século de idade.

Depois desta demorada paragem, subimos pela N212 até Alijó, nosso destino final deste sábado.

Chegámos à Pousada da Juventude onde iríamos pernoitar cerca das 18:00 ... combinei com o staff da Enoteca Quinta da Avessada irem buscar-nos pelas 19:00, dando assim tempo para um retemperador duche e para repousar um pouco.


E o final do dia reservava-nos uma enorme surpresa: Enoteca Quinta da Avessada.

Trata-se duma quinta de exploração vinícola, com um espaço para realização de eventos onde efectuam visitas guiadas pela antiga adega, recriando velhos processos de vindima, piso da uvas, .... com todos os utensílios a ele ligados, a prensa, o desengaçador, o tanque da esmaga, os tonéis, ...

E, logo que chegámos, fomos recebidos com concertinas e umas "entradas" servidas no relvado do jardim que ... 





nos deixou quase jantados.




Momento de visita à adega com OS LESMAS a ouvir as explicações do simpático e competente guia.




depois da visita à adega, fomos para a sala de jantar, ... embora já tivéssemos todos "jantado" com as entradas 😀

E a entrada no salão de jantar foi acompanhada, mais uma vez, pelas concertinas com OS LESMAS a mostrarem a sua versatilidade, desta vez interpretando uma coreografia das marchas populares 😀



E a festa continuou .... 





No fim do jantar, seguiu-se o Baile de Gala dos Lesmas, comemorativo da eleição do novo presidente, o Sr. Carlos Relvão, para onde agora devem dirigir os vossos pedidos de esclarecimento sobre tudo o que diz respeito a'OS LESMAS, pedidos de patrocínio, etc.


E a noite terminou com a actuação-surpresa do Grupo Musical d'OS LESMAS: "OS D'HARP EIDANÇA", que a todos encantaram com o seu renovado repertório.



Bom, os responsáveis da Quinta da Avessada tiveram que, apressadamente, tratar de guias de transporte para o regresso da malta, pois não estava previsto carregar tanto vinho nas carrinhas-😀


E, no dia seguinte, depois do pequeno almoço e dos olhos bem lavados para enfrentar a incomodativa luz do dia, lá nos reunimos para uma foto de grupo 😎.




E de Alijó dirijimo-nos para Favaios ... 


De Favaios para Sabrosa, Povesende, ...



por estradas municipais que serpenteavam pelo "Douro profundo", o Douro das vinhas e das quintas, tão ou mais bonito que os locais e as estradas mais turísticas que a maioria de nós conhece.



Estradas estreitas mas asfaltadas, de corte sinuoso e a paisagem a seguir a cada uma das curvas era ainda mais surpreendente que a anterior ... 


O nosso destino era o Pinhão, onde estava previsto chegar a meio da manhã para um café e "esticar as pernas" depois dos pouco mais de 30 kms de "rallye" por entre vinhedos e socalcos.



Como habitualmente, o porto do Pinhão está sempre muito concorrido de embarcações de vários tamanhos que fazem os seus percursos turísticos pelo Douro.

Ficou já "apalavrado" que, da próxima vez, OS LESMAS farão um pic-nic a bordo dum rabelo no percurso do Pinhão até à Estação do Tua.

O Douro, numa perspectiva do porto do Pinhão ...



Do Pinhão tomámos a N222 que acompanha o rio até ao cruzamento para o Tabuaço, onde tomamos a N323.

É uma estrada lindíssima que acompanha, em grande parte do seu percurso, o Rio Távora, que vamos vendo, a cada curva, e onde a vegetação o permite, no fundo do vale que, pacientemente, vai escavando até desaguar no Douro.

Os cerca de 10 kms desde o Douro até Tabuaço foram percorrido em ritmo lento, quer pelas curvas bem desenhadas da estrada, quer porque as paisagens que a envolviam a isso aconselhavam... calmos e de forma contemplativa.

Depois foi uma enorme surpresa ... percorrer toda a Serra de Santo Adrião, Armamar, Santiago, ...  por estradas municipais que percorriam altos montes, de estreitas estradas que serpenteavam... curva, contra curva, outra curva ainda.... mais outra..., onde abaixo de nós víamos a estrada que momentos antes tínhamos percorrido ...



E, entretanto, chegámos a Salzedas, pequena localidade do concelho de Tarouca muito conhecida pelo seu lindíssimo mosteiro da Ordem de Cister, um monumento do sec. XII, que não visitámos para não comprometer os horários definidos no programa.... Fica, com certeza, para uma próxima oportunidade em conjunto com o mosteiro de São João de Tarouca.



E, finalmente, chegámos à Ponte da Ucanha, local onde iríamos visitar a sua famosa Ponte Fortificada.

Trata-se duma curiosa ponte com uma torre medieval, cujas funções principais eram a defesa e a cobrança de impostos para o mosteiro cisterciense de Salzedas.






Depois da visita, o indispensável almoço na Tasquinha do Matias onde degustámos os tão famosos "milhos" que tínhamos na agenda há algum tempo.


A foto de grupo final antes de encetarmos a viagem de regresso, mais uma vez pela serra, pela CM1168, que nos levou a mais de 1500 metros de altitude até entrarmos na A24 no Mézio.





E assim foi este fantástico fim de semana por terras durienses ...
Muitos já me questionavam para quando o próximo, pois cada um tem sido melhor que o anterior e a "fasquia está muito alta" para quem tem a responsabilidade de organizar ...

Fugimos dos locais e das estradas mais conhecidas, percorremos estradas municipais e bem secundárias, conhecemos aldeias e quintas mais "escondidas", degustámos com prazer a gastronomia regional, desfrutámos da simpatia das suas gentes, ... fazer ainda melhor é difícil mas...

Concluo, dizendo que este foi um passeio TOP, mais um dos que ficará na memória de todos os que puderam participar, com muita pena que não pudessem ter sido mais, mas a logística envolvida obrigou às limitações já referidas.

Uma última palavra de agradecimento a todos os participantes que tornaram o passeio muito fácil, respeitando os horários, conduzindo com urbanidade e civismo como, aliás, é timbre d'OS LESMAS, este tão afamado grupo de mototuristas que estão ligados pelo prazer e gosto de andar de mota mas, sobretudo, pela verdadeira amizade.

Obrigado por serem meus amigos.

NOTA: Todas as fotos no facebook OS LESMAS- GRUPO MOTARD




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