Olá a todos... tenho andado a "engenhar" (como dizia a minha avó Rosa sempre que se referia a alguma grávida) uns pensamentos ...
Só que, desta vez, a paridela deu merd@.
Da Pecuária veio a ordem de encerramento para os ditos "colégios privados" onde se verifique redundância ... seja isto o que for...
Da Coreia do Norte ouviram-se os aplausos de regozijo porque as fileiras de grevistas irão engrossar ...
Das escolas públicas viu-se a vénia reverendatória da medida que lhes irá encher as escolas sem terem que demonstrar méritos, tal qual as repartições de finanças porque a elas somos obrigados a recorrer...
Como é que eu explico a quem não percebe nem sente?
Como é que eu explico que a Escola Básica, ao lado do CAIC, enquanto esteve em obras, os seus alunos foram ter aulas em salas do "colégio"?
Como é que explico que essa escola, pública, sem refeitório, manda os seus meninos almoçar ao mesmo CAIC que agora mandam encerrar?
Como é que eu explico que os antigos alunos, todos os anos, em altura de Queima das Fitas, fazem uma visita à sua escola para rever e cumprimentar os seus ex-professores e outros educadores.
Como é que eu explico que se lembram dos seus "tiques" e recordam as suas travessuras e os seus nomes?
Como é que eu explico que, todos os anos, a Festa da Família reúne alunos, ex-alunos, pais, educadores, famílias, ... num fim de semana de gastronomia e actividades lúdicas e culturais, cimentando as relações de toda a comunidade escolar ?
Como é que eu explico que, no Desporto Escolar, são as equipes dos "colégios privados" que são mais competitivas e representam as modalidades internacionalmente?
Como é que eu explico que os pais que moram ao lado de "escolas públicas" prefiram levar os seus filhos, em transporte próprio, para o CAIC?
Como é que eu explico que nos dias de início de aulas, todas as disciplinas têm professor e os alunos começam exactamente nesse dia as aulas?
Como é que eu explico que os alunos com mais dificuldades têm aulas de apoio suplementares, tão gratuitas quanto as outras?
Como é que eu explico que existam alunos oriundos de instituições judiciais para quem a "escola pública" não encontrou lugar e que se matricularam no CAIC?
Como é que eu explico que, passados tantos anos, os alunos se recordem do nome dos seus professores e estes dos seus alunos?
É fácil: porque os educadores estão comprometidos com a escola e o seu projecto educativo, porque se dedicam pessoalmente e dando o seu tempo em prol do crescimento e aperfeiçoamento dos seus alunos.
Custa-me que a decisão agora tomada pelo ME não tenha tido em conta as várias realidades e se cometa um irreparável erro.
Se o CAIC fechar, quais as escolas públicas que receberão os seus alunos?... estarão preparadas para o seu número?... é que se pensa que serão apenas as turmas de início de ciclo mas... economicamente tornados inviáveis, os "colégios" decidirão por fechar e todos os seus alunos terão que ter lugar ...
os próprios pais, preocupados com a incerteza do "fecha-não-fecha" acabarão por decidir ir matricular os seus filhos onde?
Os subsídios de desemprego, os impostos que deixarão de ser cobrados pelo desaparecimento da economia local, a tributação sobre os rendimentos do trabalho que desaparecerão ... será que se lembraram disto?
E tudo isto em nome de quê?
Se querem moralizar que moralizem ... investiguem todos os "GPS's" deste país e, se lhes for reconhecida culpa e falta de idoneidade, que se encerrem, punam e devolvam o que for devido.
Quando o "outro" PS foi governo, esta malta nem "passava cartão" ao ministro ... ia directamente (não, não se trata de erro ortográfico... eu é que escrevo à maneira antiga) a S. Bento.
O PS está comprometido com Bruxelas, Berlin e Paris... para que os partidos que o apoiam e que queriam sair do Euro, não pagar a dívida, sair da NATO, ... entrega-lhes estes "fait divers" que lhes põem na alcatifa de bonecos para brincar.
José Saramago, em época não muito longínqua e em que tudo se queria privatizar, escreveu a propósito num seu texto "privatizem a puta que os pariu"
... eu próprio, não me arrogando a tal ilustre figura literária, apenas digo: Puta que os pariu. 
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