segunda-feira, 16 de abril de 2012

PONTE 25 DE ABRIL ou EX.SALAZAR ????




A travessia do Tejo em ponte era uma aspiração há muito desejada, sobretudo por todos os lisboetas.

O 1º estudo que se conhece sobre o assunto é de 1876, do Eng Miguel Pais, que propôs uma ponte entre o Grilo e o Montijo e que, curiosamente, já contemplava uma solução mista para os tráfegos rodoviário e ferroviário.
Foram depois surgindo novas propostas que o Governo Português foi deixando cair, ou pela inoportunidade ou pelo esforço financeiro que era necessário fazer e que outras prioridades entretanto surgidas relegaram para segundo plano.

Houve mesmo uma comissão constituída em 1942, promovida pelas diligências das Câmaras Municipais do Barreiro, Alcochete, Moita e Seixal que acabou por não ter qualquer efeito pois, entretanto, deu-se início á construção da travessia em Vila Franca de Xira.
Finalmente, em 1951, surgiu uma nova proposta do Eng Pena Boeuf que sugeriu uma ponte suspensa e esteve na base da nomeação duma nova comissão, em 1953, que concluiu pela viabilidade técnica e financeira da tão almejada travessia do Tejo.


Após o concurso internacional em 1960, foi decidido, em 1962, adjudicar à United Steel Export Company a construção da ponte, do complexo rodoviário que incluía 15 kms de auto-estrada, o viaduto norte sobre Alcântara, um túnel sob a praça da portagem, a sinalização e iluminação de toda a obra.

Com o inicio dos trabalhos em Novembro de 1962, a ponte é constituída por uma estrutura metálica, suspensa, com cerca de 2300 m de comprimento entre ancoragens, dos quais 1013 vencem o vão central !!!!
As duas torres principais, de aço carbono, atingem uma altura de 190,5 m acima do nível da água e estão situadas a cerca de meio quilometro de cada uma das margens.
Seis meses antes da data prevista, a Ponte Salazar foi inaugurada em 6 de Agosto de 1966, do lado de Almada, tendo estado presentes as mais altas figuras do Estado, o então PR Américo Tomaz, o Pr do Conselho Oliveira Salazar e o Cardeal Patriarca de Lisboa, Manuel Cerejeira, tendo o seu custo total rondado os 2 milhões e duzentos mil contos, cerca de 11 milhões de euros, como inicialmente orçamentado, em moeda actual e sem os ajustes inflaccionários.


Em 1974, com a Revolução dos Cravos, foi rebaptizada para Ponte 25 de Abril como, à época, se reclamava.

A travessia ferroviária foi conseguida em Julho de 1999 depois de vários anos de estudos e obras, com constantes e sucessivos atrasos e recuos.

A manutenção e a exploração da ponte estiveram a cargo do estado através da JAE até 31 de Dezembro de 1995, sendo que a partir de 1 de Janeiro de 1996 ficou a sua exploração a cargo da concessionária Lusoponte SA.

CURIOSIDADES A ASSINALAR:

A ponte foi construída dentro do prazo previsto e de acordo com o orçamentado ou, melhor dizendo, não custou três vezes mais nem demorou o dobro do tempo combinado.
O ministro das obras públicas de então, quando saiu do governo não foi para presidente do conselho de administração da empresa da ponte






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