Há dois dias, um pacato cidadão, empresário no ramo da distribuição de "medicamentos alternativos", circulava nas estradas do Algarve (afinal, como tantos outros nesta época do ano...) quando se apercebeu estar a ser seguido por veículos não identificados.
Temendo pela sua segurança e pela dos valores que consigo transportava, aumentou a velocidade colocando em risco a sua própria vida e a do seu colaborador que com ele viajava.
Cansado já pelas horas de trabalho acumulado nesse dia na generosa distribuição dos produtos a quem deles tanto precisava, nem se apercebeu dos agentes da autoridade que estavam a realizar uma "operação-stop" numa das saídas da estrada onde circulava.
Os seus olhos cansados, o stress que as viaturas que o seguiam provocavam, o receio pela sua integridade física, o medo pelas eventuais perdas económicas se fosse assaltado ... quase o fizeram atropelar os agentes da autoridade tendo apenas conseguido desviar-se no último momento.
Estes, admitiram erradamente que o veículo os tinha tentado atropelar e, numa brutal falta de sensibilidade e fazendo uso dum irresponsável abuso de autoridade e de desnecessária força, chegaram mesmo a disparar contra a viatura do azarado empresário provocando-lhe avultados prejuízos na chaparia e riscos na pintura metalizada que, muito recentemente, tinha mandado efectuar a um pintor-bate-chapas das suas relações de amizade, em troca de alguns medicamentos que este último tanto necessitava.
Várias organizações já se manifestaram contra mais esta actuação das nossas forças policiais, nomeadamente a APDC (Associação Para a defesa dos Criminosos), a OPDM (Organização Portuguesa de Defesa dos Meliantes), o GFTD (Grupo Folclórico dos Traficantes de Droga), o GCCRGL (Grupo Coral de Cantares de Rabetas Gays e Lésbicas), a AAER (Associação de Antigos Ex-Reclusos), o GACAP (Grupo de Amigos Contra as Autoridades Policiais) e ainda a Troika e o FMI por considerarem que veículos policiais não devem circular a velocidades elevadas quando em perseguição por, desta forma gastarem mais combustível.
Adiantaram ainda que irão fazer uma recomendação ao Governo para que este não autorize o serviço nocturno à PSP, GNR, PJ, SEF,... evitando o desgaste de lanternas, faróis de viaturas e eventuais constipações dos agentes que só provocarão mais dias de baixa agravando o problema da produtividade portuguesa.
Sem comentários:
Enviar um comentário