quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A FATALIDADE DOS INCÊNDIOS

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Todos os anos é o mesmo fado...

Há já vários anos a discussão sobre se os meios aéreos devem ser alugados ou de propriedade do Estado, ainda não teve qualquer conclusão.

No entanto, uma coisa tem sido certa e comum a todos estes anos: o Estado é refém do orçamento e ziguezagueia entre uma coisa e coisa nenhuma.

Já se tem falado na utilização dos meios que a Força Aérea dispõe... se é que dispõe...

Lembro-me há uma boa vintena de anos que, pelo menos um C-130 estava equipado com um kit de combate a incêndios.
Lembro-me ainda que, num dos piores anos de incêndios, Marrocos ajudou o nosso país com o envio de 2 C-130 equipados com esses kit's...

Temos os Kamov ... duma empresa do Estado que, pelo menos no seu início, tinha mais administradores que peças sobressalentes... hoje talvez tenha mais administradores que pilotos e mecânicos.

As empresas que perdem os concursos para fornecer meios aéreos recorrem constantemente das decisões de adjudicação do Estado por se sentirem prejudicadas ... um péssimo sinal de algo possa não estar bem.

Não sei qual a melhor solução sinceramente... mas tudo isto me deixa pena e, afinal, não é mais do que o "espelho" dum país em que se é político apenas para "sacar o mais possível no mais curto espaço de tempo" e não para exercer o dever cívico de servir o bem comum, propósito final da política.

Os governos têm sido fartos em escândalos (desde submarinos, Freeport's, Macau's, Fundações, Bancos, ...) e especialistas em legislar em seu próprio benefício (veja-se, por exemplo, o caso das subvenções vitalícias da classe política) enquanto o Zé Povo se encontra cada vez mais esmagado pelos impostos (agora até o sol se taxa).

A sazonalidade desta anunciada fatalidade obrigaria a que os governantes se acautelassem e fizessem o trabalho de casa a tempo e horas... nem os cidadãos recuperam os haveres perdidos nem o meio ambiente melhora com (infelizes) declarações de ministros.

É o que temos, infelizmente e a prova disto é que, de há uns anos para cá, nenhum político se questionou porque é que mais de 50% dos eleitores se estão borrifando nos actos eleitorais.






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