sexta-feira, 21 de março de 2014

AS CARTAS E O DESEMPREGO



Boas pessoal:

Vi há dias um programa na televisão em que era entrevistada uma senhora, ali prós lados da Carapinheira, Montemor-o-Velho, que se dizia cartomante, vidente e não sei mais o quê ... mas com virtudes esotéricas que ajudavam qualquer um a resolver os seus problemas.

Até aqui nada de mais, pois charlatões é o que não falta por aí a começar pelos distintos governantes, deputados e demais políticos.

O que me chamou a atenção foi que, na minha qualidade de desempregado, a referida cartomante dizia que, com os seus poderes, tinha a faculdade de , por exemplo, arranjar emprego a quem necessitasse.

Pois bem, fica já aqui a informação para toda a malta que está no desemprego que, a partir de agora, não adianta inscreverem-se no IEFP, basta ir à Carapinheira que a "bruxa" trata logo de vos arranjar um trabalhinho.

As cartas, segundo a "madame", são de tal maneira poderosas que ela própria, apesar de desempregada, nem precisa de procurar trabalho pois quem a procura é de tamanha generosidade que nada lhe falta ... 

O poder das cartas é tal também que chega a afastar o pessoal da Autoridade Tributária que gostaria de saber como tributar aquelas "ofertas generosas".

Como não ouvi a reportagem toda, fiquei sem saber se os desempregados podem escolher o trabalho e o salário ... isso é que era assunto.

Eu, como não acredito em nada dessas aldrabices, as únicas cartas que me atraem são as da sueca, mesmo a jeito para os desempregados e reformados.

Como dizia um velhote da minha aldeia:

"Aldrabões e mentirosos,                      Com o conto do vigário
e outros enganadores                           e mais outras artimanhas
têm modos asquerosos                         fazem de ti um otário
de fintarem os teus valores                   sempre que tu os apanhas

Para eles poderem bem viver                 Cada vez há mais vilões
e terem uma vida regalada                    com vontade de aldrabar
fico eu sem nada ter                             quase que há mais ladrões
os outros, com pouco ou nada                que os que há para roubar"





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