Há dois acontecimentos que o núcleo de motociclismo do Millenniumbcp costuma organizar anualmente: um almoço e um passeio.
O almoço tinha sido em Maio, se a memória não me falha, em Mira de Aire, com visita ás grutas, e o passeio foi combinado para o fim de semana de 24 e 25 de Setembro, para a zona do Gerês.
Nota: disse-me depois o Aires que o almoço tinha sido no Cabo da Roca ... em Mira de Aire foi o ano passado...está feita a correcção...quando não tomo as "gotas" é isto .... ehehhehe
Nota: disse-me depois o Aires que o almoço tinha sido no Cabo da Roca ... em Mira de Aire foi o ano passado...está feita a correcção...quando não tomo as "gotas" é isto .... ehehhehe
Tinha combinado encontrar-me na área de serviço de Antuã com o João Lourenço que partiria da Figueira da Foz na sua Triumph 1200, pelas 16:00 …
Eu e o João Lourenço em Antuã ...
Um ligeiro atraso fez com que partíssemos de lá já cerca das 16:30 e seguimos pela A1 até ao porto, Ponte do Freixo, passando ao lado do estádio do Dragão onde eram já visíveis os preparativos para o jogo desse dia à noite com o Benfica …
Virámos mais adiante em direcção á EN14 em direcção à Maia, sempre com um trânsito muito intenso e compacto … o que valeu foi que as motos e as malas circulavam nos traços contínuos e descontínuos sem problemas …. E contámos sempre com a colaboração dos condutores que circulavam em sentido contrário que facilitavam a passagem aos nossos sinais de luzes encostando um pouco mais às bermas.
Trofa, Famalicão , Braga, onde entrámos para abastecimento da moto do João Lourenço, … Vila Verde, Ponte da Barca e paragem em Arcos de Valdevez, com 210 kms percorridos.
Faltavam ainda cerca de 60 kms até Melgaço, onde pernoitaríamos, o que fizemos pela bonita EN101, com curvas das que todos nós gostamos e sempre com paisagens verdes e frondosas que tornaram os kms mais curtos …
Chegámos a Melgaço cerca das 20:00 e, depois de termos percorrido algumas ruas da Vila, encontrámos a direcção certa para a Pousada da Juventude onde já estava o Jorge Silva, que tinha vindo do Porto e tinha sido o primeiro a chegar.
A Pousada da Juventude em Melgaço
Pouco depois chegou o Jorge Figueiredo (que teve a responsabilidade, a arte e o engenho de organizar o passeio … e que bem o fez, parabéns Jorge) e distribuímos os quartos. Faltava ainda chegar a “malta do Sul”, o Aires Pereira, o João Fernandes, o João Domingues e o Miguel Talhão. No dia seguinte chegariam, do Porto, o Henrique Castro e o Abel.
Bem … toca de ir jantar e perguntei na praça central que restaurante me recomendavam … fomos até à Adega do Sabino onde, de facto não foi barato mas comeu-se “bem e à nortenha” …
Juntámo-nos mais tarde com os outros elementos que tinham jantado em local diferente e, “guiados” pelo Octávio, fomos tentar encontrar um local onde se bebesse uma “queimada” … só depois percebi que se tratava de aguardente ….!!!
Juntámo-nos mais tarde com os outros elementos que tinham jantado em local diferente e, “guiados” pelo Octávio, fomos tentar encontrar um local onde se bebesse uma “queimada” … só depois percebi que se tratava de aguardente ….!!!
No dia seguinte, sábado 24, pequeno almoço tomado cedo, 8:15 pois o dia avizinhava-se longo e cansativo, o local de pernoita seria em Vieira do Minho, apesar de distar apenas cerca de 90 kms, iríamos percorrer cerca de 200 kms em estradas de montanha.
No pequeno almoço: o João Lourenço, a Cristina, Octávio e, à direita,
o Aires e o Jorge Figueiredo em segundo plano ..
O João Domingues regressou a Lisboa nessa manhã pois, na véspera á noite, numa zona de estrada com novo asfalto mas ainda sem marcação, bateu com a roda da frente num lancil o que causou um empeno na jante.
Apesar de ter considerado seguir viagem connosco, optou, prudentemente, por regressar a casa … o único pormenor menos bom em todo o fim de semana e em que lamentamos a pouca sorte do João.
De Melgaço, pela EN202, … em direcção á Barragem do Lindoso onde iríamos poder desfrutar duma visita guiada aos seus famosos túneis e onde acabámos por passar toda a manhã.
Crónica da visita ao complexo hidroeléctrico do Alto do Lindoso em separado e que pode ser vista aqui
Continuação da viagem pela EN308 para Peneda onde visitámos o Santuário da Senhora da Peneda, passando por várias aldeias onde cheirava a “mosto” e cujo sossego bucólico era interrompido pelo barulhos dos escapes das nossas motos.
Na aldeia de Brufe, uma aldeia muito bem preservada e que constitui um “museu vivo” daquela região,a cerca de 12 kms da sede do concelho, Terras de Bouro, na Serra Amarela, há um famoso restaurante pelas suas iguarias beirãs e transmontanas, O ABOCANHADO, que é muito frequentado (e só por marcação) apesar da sua localização nos “confins da serra” …
Quando fui até aos Picos da Europa, achei curioso por a estrada ser partilhada também com vacas e cavalos … não sabia, até este fim de semana, que em Portugal era possível ver e sentir isso também … (a mania de desvalorizar o que cá temos é o que é !!!! )... vacas e vitelos, garranos e potros cuja graciosidade a fugir, assustando-se com o som das motos, nos fazia sorrir a todos com ternura.
As vacas e os garranos...raça típica do Gerês ....
Os típicos palheiros do Soajo.
Prosseguimos a viagem em direcção a Campo do Gerês, onde iríamos almoçar no Restaurante-Albergaria STOP …. E que almoço !!!! … o depósito da moto parecia que estava maior ….ehehehhehe.
Eu próprio e o Aires já de barriga "inchada" ....
Uma curiosidade: antes do restaurante, a cerca de 3 kms, passei pelo parque de campismo de Cerdeiras, onde fiquei há cerca de 20 anos com a minha mulher (na altura namorada), numa pequena canadiana, … recordo a terrível noite de trovoada e chuva, com relâmpagos que iluminavam toda a serra … refugiámo-nos nos lavadouros/balneários… nunca mais lá tinha voltado.
Depois do excelente almoço, continuámos a viagem já um pouco atrasados e que nos fez “reorganizar o percurso” … já não iríamos a Pitões das Júnias para não chegar de noite a Vieira do Minho … estradas de montanha, com bastantes curvas em U, piso nem sempre do melhor … a prudência recomendou que assim se fizesse e bem em minha opinião.
Moi-même , .... o je
Uma paragem no alto da serra para uma foto ...
o Aires a fazer ginástica para a obter o melhor possível
a Vila do Gerês onde parámos para reabastecimento de alguns,...
Na Vila do Gerês, o Jorge Silva, eu próprio e o Jorge Figueiredo
... prosseguimos e pudemos apreciar a belíssima paisagem que se desfrutava sobre a Albufeira da Caniçada, em lugar privilegiado que era a estrada por onde circulávamos e a mais alta … belíssima paisagem bem portuguesa que rivaliza com outras estrangeiras, mais publicitadas.
Pela EN304 fizemos mais cerca de 50 kms até à Barragem da Paradela, onde novamente parámos uns minutos para nos refrescarmos … o tempo, esse, esteve óptimo sempre e foi mais uma prova da excelente organização do Jorge Figueiredo que até esse pormenor não descurou ….
Eram já cerca das 18:30 quando chegámos a Vieira do Minho à Residencial Arijal, tendo a rapaziada aproveitado para um duche e dar “descanso ao cadáver” pois a tirada tinha sido longa e exigente em termos de condução… embora gratificante em termos paisagísticos e culturais como o foi a visita à barragem do Alto do Lindoso.
Juntámo-nos às 21:00 para ir até Mosteiro, onde estava combinado o jantar no Restaurante Pancada …
No Restaurante Pancada, em Mosteiro, eu, o Jorge Figueiredo e o João Lourenço
Maneira de servir curiosa … várias travessas com entradas deliciosas: croquetes, rissóis, … vem uma travessa com rojões que é distribuída por todos, depois vem mais uma de vitela, … e assim é… a comida vem vindo … vai-se conversando e comendo, …ah, e bebendo … eu “vinguei-me” no vinho verde tinto de que gosto muito e raras vezes o posso apreciar.
De regresso à residencial, e depois de arrumadas as motos, descemos até à praça central, em frente à câmara municipal, onde “abancámos” numa esplanada para mais um café e umas águas que ajudassem á digestão … e aí prosseguiu a “sessão de anedotas” que tiveram como protagonistas, para além de mim próprio, o sempre bem humorado Henrique Castro e a Ana, esposa do Jorge Figueiredo, que nos surpreendeu com a sua boa disposição e à-vontade na respectiva arte….ehehehheh
No domingo de manhã, dia 25, saímos pelas 10:00 para a albufeira do Ermal, local do conhecido Festival da Ilha do Ermal, festival rockeiro radical de referência naquela região.
A capacidade da albufeira estava a cerca de 40% o que permitia a existência de uma larga faixa de areia e pedras que separava as límpidas e serenas águas da zona arborizada.
O Jorge Figueiredo e eu próprio
Duas perspectivas da albufeira do Ermal
De referir a existência dum teleski idêntico ao dos meios mecânicos das estâncias de neve, só que este permitia o “esquiar” na àgua com dois skis ou apenas um tipo “snowboard”
… o Miguel Talhão pode explicar-vos mais em detalhe como é que funciona … ehehehe… só á quarta tentativa conseguiu sair do cais e, enquanto foi em linha recta, aguentou-se ...
… o Miguel Talhão pode explicar-vos mais em detalhe como é que funciona … ehehehe… só á quarta tentativa conseguiu sair do cais e, enquanto foi em linha recta, aguentou-se ...
Aqui o Miguel a preparar-se para mais um mergulho de skis ... ehehehe
Um bom momento de convívio e lazer a que não faltou uma banhoca que eu próprio, o João Fernandes e o Jorge Figueiredo não quisemos desperdiçar, enquanto os outros aproveitavam a agradável esplanada sobre a albufeira para se refrescarem com umas “bejecas, tremoços e minuins” ...
Aqui o Aires, o Jorge Silva e o Octávio ... no seu desporto favorito
Cerca das 12:30, voltámos a Mosteiro e ao restaurante Pancada para o almoço que seria de despedida de todos os participantes.
Mais uma “almoçarada à maneira” , barriga cheia de comida e riso (não faltaram, novamente, as anedotas frescas do dia ...) e “toca de se fazer á vida” …
O Octávio e o Jorge Silva almoçaram mais cedo e, por isso, partiram ainda nós estávamos a decidir por onde havíamos de regressar …
O João Lourenço foi com o Henrique Castro e com o Jorge Figueiredo até ao Porto e daí para a Figueira da Foz, … e eu, que detesto Auto-Estradas, pus-me a olhar para o mapa em busca duma solução que me permitisse chegar ainda a horas decentes mas por estradas “indecentes” …
Estava decidido e não tinha nada que enganar:
N103 de na direcção Braga, virar para Póvoa de Lanhoso, seguir pela EN207 para Fafe, depois N101 e N15 para Amarante, Mesão Frio e Peso da Régua, onde apanharia a A24 até Viseu … no IP3 até Coimbra seria um instantinho ...
E os cerca de 280 kms que separam Vieira do Minho e Coimbra foram feitos com muitas e bonitas curvas até á Régua, com uma pequena paragem em Amarante para uma “aguinha fresca” que a temperatura rondava os 30º !!!! … com parte do percurso pela margem esquerda do Rio Douro, sempre bonito com as encostas socalcadas ainda verdes mas com tonalidades a revelar o amarelo/castanho outonal da época.
O passar na marginal da Régua é sempre um momento bonito … muitos turistas e movimento, especialmente em dias bonitos como o de domingo, admirando o rio e passeando pelo seu passeio fresco das árvores que a ladeiam.
Entrámos na A24 e aí foi a “dar-lhe” … sabia que o Aires que ia para Mora e o Miguel que ia para Pernes, queriam chegar o mais cedo possível a casa … disse-lhes que podiam seguir viagem e eu ia no meu ritmo … quiseram acompanhar-me, tiveram que se “esticar”… eheheheh (não posso dizer a que velocidade vim na A-24 até Viseu porque não sei se este blogue é espiado pela BT mas adianto-vos que vinha a mais de 80 tá bem? )
IP 3 sempre a ultrapassar, e “na casa” dos 130, chegámos num instantinho até à área de serviço da Aguieira, a cerca de 50 kms de casa, onde entrei com intenção de pararmos uns minutos para nos despedirmos … fiquei a “falar sozinho” pois os bacanos apitaram e … toca a andar.
Bem, bebi a cervejola só o que muito me apoquentou pela falta de companhia … porque sendo mais, há sempre a possibilidade de haver mais outra “rodada” …. Eheheheh
Saí em Penacova e fiz o trajecto até Coimbra pela estrada N110 que ladeia o Mondego … excelente piso, melhores paisagens … recomendo a quem passe por aqueles lados… é melhor que o IP3 sem dúvida.
Cheguei a casa pelas 19:30 mais coisa menos coisa, arrumar malas, duche, e … um “cadito” de sofá e caminha … que “elas não matam mas amolentam” …
Uma última palavra de regozijo e apreço pelos excelentes momentos de convívio entre todos nós que, não esqueçamos, somos colegas da mesma profissão e Banco, e mais uma vez, pela excelente trabalho de planeamento e organização com que o Jorge Figueiredo nos brindou a todos …
Muito obrigado Jorge.
Todas as minhas fotos aqui e mais fotos do Aires Pereira
E mais 808 kms na "burra" que me ia deixando enrascado com o "desaparecimento dos médios .. ainda bem que a BMW pensa em tudo e tem, de reserva, uns "espalhadores de nevoeiro" que deram um jeitão ....
Todas as minhas fotos aqui e mais fotos do Aires Pereira
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