Boas, pessoal das barracas:
Ora hoje o tema é o PIROPO, tradição tão portuguesa de dizer
por palavras com sentido mais ou menos romântico (ou totalmente sem ele …)o
quanto gostamos da “garina” que os nossos olhos alcançaram …
Bem, mas esta é uma visão masculina da coisa …
Nós, os homens, somos mais javardos e indelicados do que as
mulheres … nós “amandamos” uns piropos aporcalhados e quase sem graça.
Numa discoteca, quando dizemos a uma mulher “olá como te
chamas?” o que estamos a querer dizer é exactamente “És muita boa pá… comia-te toda…” e por aí
adiante.
Muitas vezes, um simples “olá” tem mais sexo implícito que “és
um helicóptero… gira e boa”…
No entanto, a criminalização do piropo fez-me recordar que
os homens também podem ser vítimas desse enorme flagelo desta moderna sociedade
em que as mulheres se arrogam ao direito de quererem ser iguais... vejam lá o desplante
Não estou livre de, ao fazer um passeio pela baixa da minha
cidade, ouvir um piropo duma qualquer fulana que me deixe corado e a procurar
um agente da autoridade para me queixar.
Imagino mesmo que ouço “Comia-te todo ó gordo” ou até um
mais atrevido “Com esse peso todo em cima de mim até ficava mais magra” …
Claro que, indignado com estas bocas, logo diria ao agente
da autoridade:
"Sr. Agente, quero apresentar queixa porque fui agora mesmo
vítima dum piropo de cariz sexual, mal intencionado e de péssimo gosto" … reproduzindo-lhe
as palavras que me foram dirigidas.
“Muito bem caro senhor” responderia e educado agente. “E
quem foi a autora de tal crime?”
Apontava-lhe a escultural boazona estrangeira de Erasmus que
se encontrava na esplanada com mais 3 amigas e o agente, sorrindo, dizia para o
colega:
“Ó Ferreira, mais um paneleiro que me saiu na rifa”
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