sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O TRÁFICO DE ÓRGÃO HUMANOS








Aqui há dias, quando vinha dos copos e subia a avenida, fui abordado por uma linda mulher, de muletas, só com uma perna, e que, com voz doce me chamava com alguma insistência.

Era já de madrugada e eu, sem mais ninguém por perto, e apesar e estranhar aquela cena, abeirei-me da mulher e, só mesmo ao pé dela, pude admirar toda a sua beleza.

Os seus olhos de azul claro como a água pura das serras, a sua pele doce e aveludado como um tapete persa acabado de sair da máquina de lavar …
A sua curva de cintura, arrendondada e fazendo a ligação do tronco ás ancas em medidas perfeitas e sublimamente conseguidas...

Mas adiante que o trágico é o que vou contar a seguir.

Ela, que não se expressava em nenhuma língua que eu conhecesse, deu-me um número de telefone escrito num cartão da PT e, por gestos, pediu-me que ligasse da cabine telefónica mesmo ao pé de nós.
Feliz por poder ajudar a pobre criatura, foi o que fiz… assim que entrei na cabine telefónica  comecei a sentir-me enjoado, com náuseas, e, num derradeiro impulso, consegui forças para correr até ao meu carro que estava estacionado ali perto.

Fui para as urgências do hospital e logo me diagnosticaram uma droga conhecida por BURUNDANGA que é uma perigosa substância da América do Sul, usada pelos antigos Índios  para acalmarem os macacos antes de os capar.

Disseram-me que eu tinha tido muita sorte em ter escapado pois têm aparecido vários corpos de pessoas a quem deram essa droga para lhes retirarem órgãos , clarinetes e até saxofones, para tráfico.

Ó médico que me assistiu, de origem asiática e há muitos anos no nosso país a estudar este fenómeno, o Dr. Yrocu Saikaro, disse que a droga actua em poucos minutos e um pequena dose faz com que uma pessoa se desligue deste mundo.

Entretanto, lembro-me de ter adormecido …

Quando acordei, estava deitado num banco do jardim, ao pé da cabine telefónica, nu da cintura para baixo e a tipa das muletas já se tinha levantado e “rapado” os trocos que tinha na minha carteira …

Lembro-me vagamente que as muletas não eram precisas para ela andar porque não tinha nenhuma enfermidade, (tinha mesmo as duas pernas como pude confirmar ao afastá-las, já não me lembro para quê mas ...) e as muletas serviram lindamente para que ela fizesse um “número” bestial de acrobacia comigo em cima do banco de jardim … também eu acho que dei, pelo menos, 3 voltas no ar e fiz o pino apenas amparado no polegar em cima duma das muletas…

Tenham cuidado, mandem esta informação a todos os vossos amigos e familiares… não deixem aproximar-se nenhuma tipa de muletas e, se o fizerem, que seja em locais onde não haja cabines telefónicas… acho que é esse o local mais perigoso e onde costumam fazer essas horríveis maldades.


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