terça-feira, 20 de junho de 2017

PICOS DE EUROPA 2017 - I



1º DIA 15 de Junho

Depois duma noite em que dormi apressadamente por causa do jantar de Gala do Grupo Desportivo da Martingança a quem, aqui, presto a minha homenagem, lá me apresentei na área de serviço de Águas Santas, onde estava combinado o encontro com os restantes companheiros de viagem:

Paulo Neves, Mari Fernandes, Jorge Martins, Adélia e Tiago.

Como de costume, fui o primeiro a chegar e lá já se encontrava um pequeno grupo de motard's que iriam aproveitar o fim de semana "grande" que o feriado do Corpo de Deus proporcionava.





E esta "malta das motas" é mesmo esquisita ... 
"Bom dia, bom dia... então donde vêm vocês, e para onde vão?... Como te chamas? ..." era tudo tão mais fácil se todos tivéssemos o espírito motociclista 😀

E reunido o grupo de viajantes, feitas as despedidas dos outros camaradas que iram passear pelo Douro internacional fizemo-nos à estrada.

Como em quase todas as viagens quem que é preciso "vencer" kms optamos pela AE e em pouco tempo já tínhamos percorrido os pouco mais de 180 kms até Verín, já em terras  castelhanas.

Uma ou outra paragem para descanso dos "rabiosques" e refrescar as gargantas pois as temperaturas foram sempre subindo, acompanhando a geografia do nosso percurso.

Este era o primeiro passeio "largo" para as senhoras e havia que, prudentemente, fazer as coisas bem. Sem tiradas demasiado longas, com velocidades adequadas aos vários momentos e locais ... chegámos todos bem embora, naturalmente, cansados da viagem... eu com mais de 700 kms.😛

E passavam poucos minutos das 18:00 quando chegámos a Avín e à casa de turismo local La Corrolada.


Este tipo de alojamentos é muito comum pelos Picos de Europa tal a quantidade de turistas que ali se deslocam quer para as caminhadas nos inúmeros percursos pedestres que cruzam aquelas lindas paisagens de montanha quer simplesmente se tratem duns "malucos das motas" que por ali gostam de passear. 😀



Tinha todas as comodidades que poderíamos desejar e estacionamento para as motas dentro da propriedade.

E se fomos bem tratados 👍... os pequenos  almoços da D. Josefina com os ovos colhidos ali mesmo ao lado.

Não quero jurar mas creio ter ouvido as galinhas a protestar quando a senhora as ia "espremer" para largar mais um ovo ou outro 😎

Bem, adiante ... houve ainda algumas expectativas defraudadas que têm a ver com a filha, o quarto, o comando do portão, ... 😠

Prosseguindo com a "estória" principal ...

O tempo que encontrámos não era muito diferente do da maioria dos dias nos Picos de Europa ... cinzento, fresco, com névoas baixas que encobriam os picos mais altos das montanhas ... normal, acrescentaria eu embora os meus colegas de jornada estranhassem a temperatura ser metade da que tínhamos encontrado apenas uma centena de kms antes: de 34º para 17º 🤔

Mas tivemos uma sorte com o tempo !!!! ... quem conhece sabe que é uma lotaria ir aos Picos de Europa e não apanhar chuva.

Bom ... estou-me a dispersar.😛

Depois dum retemperador duche, fomos jantar a Cangas de Ónis, a capital dos Picos.

Trata-se duma vila bem simpática, atravessada pelo Rio Sella que confere à Ponte Romana, ex-libris da vila, uma beleza natural ímpar.
Embora conhecida como Ponte Romana é, em boa verdade de construção medieval e situa-se sobre uma antiga, essa sim, romana, que ligava Lucus Asturum a Portus Victoriae (actuais Lugo e Santander).




Segundo os registos mais credíveis, foi nesta ponte que o Rei Pelayo, por volta de 722, desbaratou um exército árabe dando início à reconquista cristã da península.



Esta localidade faz girar toda a sua economia em torno do efeito "turismo" dos Picos de Europa. A restauração, hotelaria, lojas de souvenirs, empresas de aventuras, passeios de barco, a cavalo, a pé, ... em tudo os Picos estão presentes.



E depois do jantar, na rua mais movimentada e "comercial" de Cangas de Ónis, onde pudemos apreciar o "folclore" dos empregados a servir a tradicional cidra, regressámos a La Corralada para descansar e prepararmo-nos para o dia seguinte.







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