quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

CURIOSIDADES DUM TRIBUNAL



Umas das histórias judiciais que ficaram célebres, na primeira metade do século XX, teve a ver com a defesa de um arguido acusado de chamar "filho da puta" ao ofendido, expressão que, na altura, era considerada altamente ofensiva.

Nas sua alegações, o escritor e advogado Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de muitas vezes se utilizar essa expressão em termos elogiosos ("Ganda filho da puta, és o melhor de todos !") ou carinhosos ("Dá ca um abraço, meu grande filho da puta !"), tendo concluido as suas alegações da seguinte forma :



"E até aposto que, neste momento, V. Exa. está a pensar o seguinte :

'Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado só para safar o seu cliente !' . . .".


Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz :

"O senhor está absolvido, mas bem pode agradecer ao filho da puta do seu advogado".






Sem comentários:

Enviar um comentário