Oliveira de Panelas, conhecido poeta popular e repentista pernambucano, deparou-se certa vez com um desafio no mínimo inusitado.
Após consertar seu carro na oficina de um amigo e perguntar quanto havia custado o conserto, ouviu do dono que o conserto ficaria de graça caso ele fizesse um verso falando sobre o seu "órgão sexual".
Surpreso e ao mesmo tempo estimulado pelo invulgar pedido, Oliveira resolveu brincar com o seu amigo dono da oficina e descreveu assim o "dito cujo":
Essa rôla antigamente
Vivia caçando briga
Furando pé de barriga
Doidinha pra fazer gente
Mas hoje tá diferente
No mais profundo abandono
Dormindo um eterno sono
Não quer mais saber de nada
Com a cabeça encostada
Na porta do cu do dono
Já fez muita estripulia
Firme que só bambu
Mais parecia um tatu
Fuçava depois cuspia
Reinava na putaria
A periquita era seu trono
Trepava sem sentir sono
E sem precisar de escada
Mas hoje vive enfadada
Na porta do cu do dono
Nunca mais desvirginou
Uma mata vaginosa
Há muito tempo não goza
A noite de gala passou
Vive cheia de pudor
Sonolenta e sem abono
Faz da ceroula um quimono
E da cueca uma estufa
Vive hoje a cheirar bufa
Na porta do cu do dono
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