ESKIMÓS 2012 A 9º NEGATIVOS !!!!

Sábado, 10 de Fevereiro, às 09:30, como combinado (eu e o Rui Carvalho para cumprir horários ...) nas bombas da Adémia, lá nos encontrámos para ir até aos Eskimós à Serra da Estrela.

Esperar-nos-ia o António e a Emilia Costa no Rojão, já perto do IC-12, para daí prosseguirmos viagem em conjunto o que não veio a acontecer porque, numa paragem num semáforo das obras numa das pontes da Aguieira, a bateria da Varadero do Rui não se quis esforçar para colocar o motor a funcionar.

Virámos a moto no sentido contrário, que era ligeiramente inclinado para tentar, com um empurrão, pô-la a "roncar" ... em vão.

Fui até uma localidade próxima e em boa hora avistei um camionista que "andava ás voltas" do camião. Prontificou-se a emprestar uns cabos que liguei à bateria da minha LT e logo a Varadero se animou com um ronco que nos contagiou e fez sorrir.

Entretanto, já tinha ligado ao António Costa informando que não chegaríamos á hora combinada ao local de encontro e sugeri-lhe que fosse andando pois estava de "fotógrafo de serviço" da Federação na concentração.

Prosseguimos viagem e já depois de Nelas, passa uma Pan-European verde com dois ocupantes, que nos cumprimentou e prosseguiu ... apercebi-me que era o "distraído" do A. Costa que não nos tinha reconhecido .. . era a primeira vez que a minha nova moto se apresentava aos amigos e, por isso o António passou por nós sem "dar cavaco".

Após uma aceleradela para forçar as apresentações, continuámos então sim, todos os 4 (nas 3 motos) para o Sabugeiro onde estava prevista uma pequena paragem para compra de provisões: o tradicional pão de centeio, o incontornável queijo, ...

Eu próprio, o Rui Carvalho e o António e Emília Costa depois das compras no Sabugueiro

Chegámos ao Vale do Rossim cerca das 12:00 e depois das inscrições, fomos tratar de montar as tendas.

O tempo, apesar de com sol intenso e brilhante, estava frio e a temperatura lá em cima, mesmo ao meio-dia, não ultrapassava 1º e, sempre que se levantava uma pequena aragem, esta era cortante e gelada.

A minha chegada ao Vale do Rossim

Aspecto do parque á chegada

Dirijimo-nos ao local onde costumamos acampar onde já estava uma "malta porreira" de Marinhais e de Beja, com quem partilhámos o espaço, a fogueira, a comida e os petiscos e, sobretudo, a boa disposição e espírito de entre-ajuda que se revelou fundamental para, no domingo, podermos regressar, uma vez que algumas das "burras", certamente com o frio, estavam relutantes em querer trabalhar.

A sempre árdua tarefa de montagem da tenda ...

O António e a Emilia a cuidarem da "casa" ...

O Rui, já experiente nesta andanças, ... sempre nas calmas.

A faixa do Mototurismo do Centro que tinha ficado encarregue de levar e que 

assinalava a nossa presença

Nos dias de hoje, todos os cuidados são poucos ...

Nunca fiando ...

Almoço na tenda preparada para o efeito (estavam montadas duas tendas grandes, uma para as refeições e outra para a musica, dança, ...) confeccionado pelas senhoras do MC Vila do Conde.

Foto dalgumas pessoas da organização e que tratavam da nossa barriguinha..

Uma excelente e quente sopa de legumes (que esteve sempre presente em todas as refeições) com uma deliciosa feijoada, deram-nos as boas-vindas e a mais cerca de 150 pessoas que, por essa altura, já lá se encontravam.

Ora aqui está a "bucha" ...

Achei poucas presenças à nossa chegada mas, o que é certo, é o que o camping ficou bem composto durante a tarde. Fonte da organização disse ter havido mais de 300 inscritos o que terá sido um recorde.

Parabéns !!!

Eu aqui com o Rui a aquecer os pés à fogueira ...

Depois de tendas arrumadas e preparadas para a fria noite que se avizinhava (consultas feitas na net aos sites da especialidade apontavam para temperaturas a rondar os 10º negativos) fomos dar uma volta pela serra que estava linda, iluminada pelo sol e gelada pelo vento que se fazia já sentir e fazia adivinhar uma noite com "problemas térmicos".

Em direcção a Manteigas, descemos por S. Lourenço usufruindo das suas bonitas curvas (mais o António e o Rui pois eu estava ainda a habituar-me à "traineira" e não pude descontrair como gostaria ... se fosse na minha RT, era com joelho no chão...  ehehehehe) e depois duma paragem para um café e visita aos viveiros de trutas, rumámos á Torre ladeando o Vale Glaciar do Zêzere, paisagem sempre bela e de que não me canso de admirar.

Um dos tanques de trutas

Dois aspectos do Vale Glaciar

Mais uma pequena paragem no Covão D'Ametade, para uma pequena inspecção visual às condições existentes e, confesso, apesar de ser um local mítico, o Vale do Rossim tem melhores condições para a realização dos Eskimós: mais sol, melhores e maiores balneários, ...

O Rui Carvalho e eu próprio em fotos em que fizémos questão de posar ...

O António Costa no Covão D'Ametade

A nascente do Zêzere estava como o país ... "piegas" e preguiçosa.

Já na Torre, cheia de turistas mais ou menos afoitos nas brincadeiras com o gelo (neve só havia mesmo na pista e, creio que produzida de forma artificial), demos um pequeno passeio e decidimos regressar ao parque pois o sol aproximava-se da linha do horizonte e havia o risco de formação de gelo na estrada o que queríamos evitar.

Uma merenda partilhada com a rapaziada de Marinhais, "Os Nunos" como lhes chamava por serem quase todos Nuno, e os representantes de Beja, nomeadamente o Filipe que nos fazia sorrir a todos com o seu indisfarçável sotaque alentejano e na forma natural como contava algumas histórias.

A merenda partilhada ...
Nota: com pedido de desculpas por não me recordar do nome deste
simpático casal, que se fazia transportar numa KTM Adventure, e
que já em anos anteriores me deu o prazer da sua companhia

Á direita, o Filipe "Alentejano de Beja", o Nuno ao meio e o
"Spapo" de Marinhais ... que nao conseguia desligar o alarme da sua Harley ...

Apareceu o João Luís, muito bem disposto e que connosco partilhou a sua boa disposição e maneira muito própria de estar ... pelo menos naquele dia ... eheheheh ... quem esteve lá sabe a que me refiro ...

O João Luis com a Emília

Após a refeição da noite, mais uma excelente sopa de legumes que aquecia a alma e um prato de massa com frango que achei bom, voltámos para a fogueira para partilharmos entre nós algumas "estórias" e graçolas.

A malta na fila para o jantar

Um aspecto da "sala de jantar" ...

Eu e o Rui na tenda da música onde fomos tomar um cafézinho ...

Do lado direito, uma "tienda" de produtos relacionados com o mundo das motos: capacetes, blusões, luvas, botas, ....

Tal como em anos transactos, vários espanhóis nos visitam para estar

presentes nos Eskimós....
é, realmente, uma das concentrações com mais carisma

Estava também acampado connosco o Roberto, um espanhol que gosta dos Eskimós e não falha. É um indivíduo muito viajado por essa Europa na sua V-Strom com algumas particularidades curiosas, de que é exemplo, o "escape falso", que serve para transportar óleo e ferramentas. Contou-nos que já teve um sistema de lubrificação de corrente gota-a-gota com um equipamento hospitalar de soro !!!

O curioso escape falso do lado esquerdo ...

A determinada altura, brindou-nos a todos com uma actuação de gaita-de-foles que nos animou o serão.

A rapaziada á volta da fogueira ...

O vídeo ..

Fui deitar-me e tentar descansar cerca das 23:30 ... dormi aos soluços, interrompido ora pelo frio ora pelo barulho. Levantei-me eram cerca das 3:00 para ir aquecer os pés que estavam enregelados e fui ver a temperatura na moto: - 9º !!!!

Em volta das fogueiras ainda estavam alguns resistentes e a tenda da musica pareceu-me animada mas, o que queria mesmo, era descansar um pouco e, melhor ainda, se conseguisse dormir, seria óptimo.

Por essa hora já o vento se fazia sentir por todo o acampamento e assobiava por entre as àrvores e tendas, fazendo-as abanar e provocando imensos ruídos ao agitá-las.

Voltei a levantar-me  cerca das 5:00 para ir ao WC e fiquei um pouco na fogueira, deixando lá mais uns toros de madeira para que se mantivesse viva até de manhã ... o ambiente era gélido, agreste e bravio, nada acolhedor e que recomendava um rápido regresso à tenda que, apesar do frio, proporcionava alguma protecção do vento.

De manhã, ás 9:00, fui ver à moto e a temperatura situava-se nos - 5,5º .... ao meio-dia estavam 0º.

Foi, de  facto, um fim-de-semana duro e para "duros", apelando ao espírito Eskimó de todos os presentes.

O Rui com uma cerveja completamente gelada ... como convém aliàs...

A água estava muito quente  e nem deu para lavar os dentes e a cara ....

(Foto do post do VadiodaXT, em Motos & Destinos)

Perto de nós, estava o animado grupo das XT, um pouco mais acima o pessoal do Horizonte e Mar de Matosinhos e bem lá ao fundo, no seu poiso habitual, a rapaziada do Entroncamento... um pouco ao lado, o pessoal da Vidigueira e os seus famosos petiscos, de que recordo as migas com entrecosto.

Nos anos transactos, a comitiva do  MTC tem sido mais numerosa e este ano apenas estava representado por mim próprio, pelo Rui Carvalho, pelo António Costa e pela Emilia Costa. Esteve presente também o Cavaleiro que chegou já na sexta-feira e estava junto de outro grupo.

Antes de almoço, ainda fomos esticar as pernas até á albufeira do Rossim ... com muito pouca água e gelada ...

Bem, refeição aconchegadora cerca das 12:00, uma vez mais uma belíssima sopa de legumes desta vez acompanhada com arroz e rojões, despedidas da praxe, e entre os "até pró ano" e as "boa viagem" costumeiras, o parque foi-se despindo dos resistentes que se deixaram ficar para depois do almoço.
Muitos abalaram logo a seguir ao pequeno-almoço pois havia malta do sul do país ainda com muitos kms para fazer.

O Filipe "Alentejano de Beja" a despedir-se do António Costa

Resumindo: mais um Eskimós na minha colecção pessoal, em que sempre descubro pessoas novas e interessantes e que renovam o meu desejo de lá voltar.

Eis algumas fotos de veículos de trabalho que por lá andavam.

Veículo florestal

Veículo dos Serviços de Higiene e Limpeza da organização

Mais fotos Aqui

E ainda mais Fotos do António Costa

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