sexta-feira, 11 de março de 2016

A JUSTIÇA QUE NOS ENVERGONHA



Olá pessoal, boa tarde a todos ...

Aviso já que não estou chateado... estou mesmo fodido !!!!  

Já aqui tinha escrito algumas "reflexões" sobre o caso HUGO ERMANO, o exemplar militar da GNR,  infelizmente famoso pelas piores razões.

Vejam lá, que a justiça portuguesa, tão lesta e rigorosa a aplicar-se aos mais fracos (e pequenos) condenou o pobre soldado por estar a cumprir o seu dever.

Começo a perceber porque não são incomodados os deputados que dormem na Assembleia da República ... acautelem-se aqueles que discursam, apresentam propostas, discutem, ... fazem, no fundo, o seu papel.

Pois é ... pouco mais tenho a dizer para além do que já argumentei nos vários " post" que aqui deixei ... sinto uma enorme tristeza nesta decisão. 

O magistrado que a documentou, suportou e a proferiu, tem, acima de tudo, uma enorme insensibilidade e não percebe(eu) que está a passar uma mensagem a todas as forças de segurança que, afinal, não são assim tão de segurança como pensamos.

Acredito mesmo que, um destes dias, quando a sua casa for assaltada, e o graduado de serviço identificar a sua residência, dirá aos carros-patrulha para "ir dar uma volta ao bilhar" e se, por ironia do destino, se cruzarem com os assaltantes, apenas os felicitarão pelo seu bom trabalho em prol da sensibilização dos magistrados...

Acho que até se despedirão dos gatunos com um "bem hajam companheiros.. sempre ao dispor" .

Ás vezes, ainda acredito que isto não passe duma brincadeira e que, afinal, o que querem as notícias dizer é que, no próximo 10 de Junho, o Sr. Presidente da República lhe conceda uma condecoração por distintos serviços prestados, pela coragem e bravura em serviço. 

Agora fora de brincadeiras ... não cabe na cabeça de ninguém esta merda.... vão-se foder !!!!... já ninguém lê o Direito Romano?... antes era obrigatório no 1º ano de faculdade !!! ... este compêndio, com 2.000 anos, exemplifica bem o "espírito de justiça", o "espírito do legislador" e a sua verdadeira "intenção de fazer justiça" ... dando às palavras mais do que o seu sentido literal...

Pois, mas isto é uma virtude só ao alcance dos mais competentes ...



7 comentários:

  1. por acaso conheces o caso a fundo, isto é, o que foi provado?
    quer dizer que a um polícia é permitido matar um assaltante quando o surpreenda a entrar numa residência ou num estabelecimento? No caso até foi azar, não matou propriamente o assaltante, mas só o filho que ia ao lado, um pormenor insignificante.
    se assim for, claro, dispensam-se tribunais, magistrados, e até políticos que só estorvam quando fazem aprovar leis que dispõem que matar alguém é crime.
    Ok, joão rui!

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    1. Não é isso que pretendo nem quero ... o que não quero é sentir a insegurança dos dias de hoje em que "só perde quem tem".
      Quem paga os seus impostos, as suas contribuições, que trabalha, ... seja penalizado e tratado e forma injusta.
      Gostaria que neste país, quem é ladrão fosse condenado, quem é corrupto fosse condenado, quem assassina fosse condenado ...
      Neste caso em concreto, o polícia fez aquilo para lhe pagam: defender os cidadãos e os seus bens ("com a própria vida" como no juramento disse...).
      O que resulta daqui?
      O POLÍCIA (letra maiúscula pelo respeito que lhe tenho) foi condenado, sujeito à expulsão da GNR, sem vencimento, etc.
      O Cigano, continuará a furtar e/ou roubar (como vê, sei as diferenças entre uma coisa e outra), a receber o RSI, a não levar os filhos à escola, a ter uma assistente social quase privativa para dar andamento aos seus "problemas"...
      Parece mentira?... infelizmente não é!!!!

      "Quem não deve não teme"
      A GNR pode mandar parar-me todos os dias da minha vida, ... fá-lo-ei serena e tranquilamente... tenho seguro, carta, e pago o IUC e o c arro é meu para além de não o utilizar em actividades ilícitas.
      A presença policial não me incomoda...não é comigo que eles têm que se preocupar.
      As intervenções "musculadas"m não me aborrecem n em me atemorizam ... não é comigo concerteza, sei respeitar as linhas e as vedações de segurança nem lhes atiro pedras nem, tão-pouco, uso máscara nas manifestações...
      De qualquer forma, grato pelo seu comentário e apresentação de ponto de vista.

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  2. o mal é só um:

    - para defender os porcos alguns têm-nos no sítio e fazem-se ouvir.
    - para defender a justiça que mais tarde ou mais cedo nos afecta a todos... ninguém faz absolutamente nada!


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  3. Parece-me que os comentários pelos seguidores vão num sentido que se me afigura mais equilibrado que a posição inicial do bloguista!
    Num país democrático e de Direito, todos estão submetidos à Lei - independentemente de com ela concordarmos, ou não.
    Se alguma vez deixarmos de ser exigentes com todos os intervenienetes na Administração do país - sejam eles os políticos, os juízes ou os polícias - acabamos por fazer muitos passeios de mota mas não sermos verdadeiramente livres!
    Perseguir os criminosos, sim, condenar os culpados sim, mas NUNCA admitir os efeitos colaterais. Não porque sejamos contribuintes cumpridores, ou cidadãos profundamente honestos, mas, um dias, podemos estar no local errado à hora errada e sermos, nós próprios, o efeito colateral de um polícia escrupuloso.
    Este militar da GNR foi muito bem condenado porque praticou um ato ilícito à luz da nossa lei penal (apesar de podermos discutir se a consequência do ato devesse ser o cumprimento de uma pena de prisão efetiva ou a demissão do cargo). Devemos pensar se podemos admitir este tipo de polícias justiceiros, seja os que desatam aos tiros quando perseguem putativos assaltantes ou desacam pais de família em frente ao filho que se leva a ver um jogo de futebol.

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  4. Meu caro Zé Luis, obg pelo seu comentário que registo.
    Discordo perguntando que é feito do cigano? ... anda por aí certamente a "atazanar" o juízo ao efectivo dos postos da GNR e esquadras da PSP mais próximos ... enquanto o "justiceiro" tem penado as "penas do Inferno" na sua defesa ...
    É assim ... tanta justiça queremos advogar, tantas liberdades queremos defender que, quase sem querer, acabamos por "abafar" os direitos dos que se "portam bem".
    Se os nosso códigos dão (e bem) direitos aos criminosos... quase que parece mal implorá-los para as vítimas.
    Os meus cumprimentos e, mais uma vez, grato pelo seu comentário.

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  5. Só tenho pena que não tenha acertado nos cornos do recto civil que ia a conduzir destemidamente a sua van a mostrar ao seu rico filho todo o seu vasto campo de negócios, tá mal, foi pena, se as regras dissessem para se disparar para a cabeça do condutor e não para os pneus, o puto ainda cá estaria possivelmente e o estado com vários custos reduzidos e o pais livre de mais um ladrão. Eu se for assaltado e rebentar com um joelho a esse amigo do alheio dentro da minha propriedade mas fora de minha casa estou desgraçado, a unica hipótese da minha familia é mudar a para etnia cigana e viver de subsidios.

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