Um dia, uma dona de
casa levava uma garrafa de vinho para o almoço quando, ao atravessar uma
pequena ponte sobre um rio, deixou cair a garrafa.
Muito aflita porque
era o vinho preferido do seu marido, suplicou a Deus que a ajudasse e … Deus
apareceu-lhe e perguntou-lhe:
- Porque choras
mulher?
A mulher respondeu
que a sua garrafa de vinho tinha caído ao rio.
Deus entrou no rio
e regressou trazendo uma belíssima garrafa de Chateu Petraux Tinto, de 1L, Colheita
Especial Seleccionada de 1982, da Adega
Particular e Privada da Cave Escondida e Chave Secreta, de cor bordeaux,
bastante taninoso e de longa guarda, que desenvolveu, com a idade, buquês
complexos, com uma ligeiríssima dominante de húmus, com predominância de Cabernet Sauvignon e um tudo nada de Touriga
Nariz de Cão quase imperceptível ao olfacto.
- É este o teu
vinho? – perguntou à mulher.
- Não meu Deus, não
é esse – respondeu humildemente ela.
- Deus voltou a entrar
no rio e, desta vez, trazia uma garrafa de 0,75 de Dona Mécia, também tinto, da
Garrafeira Especial de Amigos, Selecção do Escanção-Mor , de alto
desenvolvimento anósmico e agnósmico, com predominância de Baga e Aragonez, e
que se tratava dum vinho com taninos duros, embora frutado, encorpado e ácido apenas
qb, com bom equilíbrio e devidamente estruturado, nada efervescente mas algo
ácido embora sensível à oxidação.
- É este o teu
vinho ?- questionou.
- Também não Senhor
– foi a acabrunhada resposta
Deus voltou a
entrar no rio e, desta vez, trazia consigo uma garrafa de tinto nacional, sem
rótulo e sem o obrigatório selo do INSTITUTO DA VINHA E DO VINHO, rolha usada, já algo licoroso e conservando certa acidez, com resíduos na fundo, de aromas
pouco intensos, inapto para envelhecimento, mal fermentado e sem açúcar
natural, nervoso e não límpido.
- É então este o
teu vinho mulher?
- Sim – respondeu ela
com um leve sorriso.
Deus, contente com
a sinceridade da mulher, mandou-a para casa com as 3 garrafas de vinho.
Passado algum
tempo, a mulher e o seu amantíssimo marido passeavam junto ao rio quando ele
tropeçou e caiu para as profundas águas.
De novo suplicou a
Deus por ajuda e Ele entrou no rio, trazendo consigo o Rodrigo Santoro …
- Mulher . É este o
teu marido ? – perguntou.
- Sim meu Deus, é
ele mesmo ! – respondeu feliz a preocupada mulher.
- Mulher mentirosa !!!! – exclamou um enfurecido Deus.
Então a mulher
explicou-se rapidamente:
- Meu Deus …
perdoa-me mas foi um grande mal entendido.
Se eu dissesse que não era o meu
marido, estou certa que iria de novo ao rio e me traria o Brad Pitt … e eu diria novamente que não.
Depois voltaria ao
rio e traria o meu marido e eu diria que sim, que era esse o meu marido…
Depois
o Senhor mandaria que ficasse com os 3.
Compreenda Senhor, eu sou uma humilde
mulher e não queria cometer trigamia … por isso disse sim logo da primeira vez.
Deus achou a mulher
justa e sensata e perdoou-lhe.
MORAL DA HISTÓRIA:
A MULHER MENTE DUMA
MANEIRA QUE ATÉ DEUS ACREDITA
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