quarta-feira, 26 de setembro de 2012

EDUCAR: O PURGATÓRIO INFINITO


Há temas e questões que, de forma recorrente, estão sempre presentes na minha vida.

Um deles é a permanente preocupação em saber, a cada momento, se estarei a fazer o melhor pela educação dos meus filhos.
A linha que separa a responsabilidade da liberdade quase nunca é recta, evidenciando curvas mais ou menos pronunciadas de acordo com o que se tem em presença ou, até mesmo, acrescento eu, com as variações de humor que todos temos (eu, pelo menos …)
Se o “não” é tão pedagógico como o “sim” como o afirmam alguns entendidos nestas matérias (é pelo menos, o que refere a publicidade aos programas onde estes intervêm), para casos iguais, com intérpretes diferentes, a sua aplicação não é assim tão linear nem tão exacta.

Para quem tem dois filhos ainda menores, em permanente formação intelectual e tão distintos nas suas personalidades quanto rica é essa diferença, tem, diariamente, o supremo encargo, qual purgatório sem data de vencimento, de avaliar o equilíbrio e a sensatez dos seus “não” e dos seus “sim”.

Tudo isto que aqui digo não soará estranho a nenhum pai que me leia pois, estou certo, partilharão comigo a angústia diária de tal governo.
Há coisas, no entanto, que não precisam de avaliação tão óbvias se tornam, para louvar e apontar como exemplo ou, na outra face da mesma moeda, criticar e lembrar que “aquilo, nunca !!!”

 Esta reflexão suscitou-se-me por ter visto, num mail que uma insuspeita amiga me enviou, uma afirmação dum actor (nem sei de quê,… se de novelas, de teatro, …  confesso que não acompanho as novelas e os nomes dos actores desta nova geração “Morangos com Açúcar” pouco ou nada mesmo me dizem …) e que me deixou a pensar que há uma visão mais prática do mundo do que aquela que pretendo incutir aos meus filhos …

Continuo a acreditar que valores, ética, princípios, … ainda são os pilares desta sociedade apesar de, às vezes, não parecer quando se vêm endeusados “personagens de plástico” que, espremidos, apenas conseguem deitar “caca de galinha” e desculpem-me estas pela comparação.
 Para os mais curiosos, aqui fica reproduzido o texto que me fez dizer estes disparates.


Escrito pelo David Almeida (actor) no facebook: "45 mil candidatos ao ensino superior e 85 mil à casa dos segredos. Acho normal, porque tem mais saídas profissionais, podes ser actor, apresentador de tv, relações publicas de discotecas, namorada de um jogador de futebol, trabalhar no varão ou em bares com sofás e champanhe, ser acompanhante de luxo. Enquanto um curso superior garante-te desemprego."

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