sábado, 7 de outubro de 2017

OS LESMAS NO PASSEIO AOS MUSEUS



Neste belíssimo domingo, dia 1 de outubro, OS LESMAS foram fazer um pequeno passeio cultural.

A intenção era aproveitar ainda este bom tempo de outono pois, com o inverno a chegar e com ele a chuva e o frio, as motas irão ter menos oportunidades para sair das garagens.


O passeio começou com o encontro, pelas 10:00 em Condeixa, na Praça da República, sala de visitas do município.

Depois dos cafés tomados, de algumas conversas de circunstância, voltámos às motas para uma curtíssima viagem de apenas algumas centenas de metros até ao Museu POROS (Portugal Romano em Sicó), situado no lindíssimo Parque Verde de Condeixa.


O museu é uma surpresa agradabilíssima ... e diferente de tudo a que estamos habituados em visitas a museus, especialmente os espaços dedicados a épocas passadas em que, em alguns casos, não passam de repositórios de peças, artefactos e utensílios.



Este museu, para além da sua arquitetura "modernaça", recorre às mais variadas soluções tecnológicas para, com os visitantes, estabelecer uma interação que torna a visita "curta" tal o interesse que nos prende em cada sala, em cada projeção e em cada objeto exposto.






Recomenda-se vivamente esta visita, adequada a todas as idades e a diferentes interesses.


Na foto de baixo, a recriação em 3D do canal que passava debaixo do palacete que deu origem ao museu.



Após a visita, uma pequena paragem na simpática cafetaria ali situada, defronte do Parque Verde, "ganhando balanço" para o próximo percurso que nos iria levar ao Rabaçal para continuação do tema "Roma e Romanos".



Curta visita guiada ao espaço museológico ali existente e dedicado à Villa Romana ainda em exploração.


e onde assistimos a uma interessante apresentação sobre o espaço-museu e sobre a Villa Romana que dali dista cerca de 1,5 kms.



E com toda esta "coltura" eram já horas de almoço e o galo assado no forno, comido frio, não tem piada nenhuma.

Os cerca de 40 kms foram percorridos em "mangas de camisa" ... estava sol, tínhamos tempo, não havia muito trânsito e era tempo de refletir para a votação eleitoral de final de dia 



Nesta foto, a passagem pela vila de Penela onde decorria a centenária Feira das Nozes.

No percurso que fizemos no IC8, desde o Avelar até ao Mosteiro, a paisagem castanha recordava-nos a desgraça que se abateu sobre aquelas gentes aquando do incêndio de julho ...


No entanto, a "Mãe Natureza", mesmo ao domingo estava a "trabalhar" e era já visível algum do resultado, nomeadamente com os eucaliptos a rebentarem... junto às raízes e mesmo ao longo dos tronco.



E em poucos minutos chegámos ao Mosteiro e ao restaurante S. Pedro, onde nos esperava a D. Lealdina, com a face ruborizada pela temperatura do forno a lenha onde o galo tinha sido assado, ... e a rapaziada, com o cheirinho que já se sentia no estacionamento, não "foi de modas" e toca a sentar.

Depois das habituais "entradas" a que aqui já nos habituaram (as batatas envolvidas em ovo e chouriço, o queijo de cabra, ...) chegou a canja... sim, aquela canja em que a gordura é mesmo da galinha, pois os distribuidores da Knorr nem fazem ideia onde é o Mosteiro 






Depois veio o arroz de cabidela ... huuummm... com o ligeiro sabor a vinagre de que tanto gosto !!!!



E para mim, que ando a dieta, já teria sido o suficiente mas ... "um dia não são dias" e lá tive que me atirar ao galo assado no forno com "batatinha corada" ... e porque o tinto era bom, lá o consegui ir empurrando goela abaixo.



Bom... barriga cheia de comida e de gargalhadas, decidiu a Comissão de Saúde e Bem-Estar dos Lesmas dar um pequeno passeio a pé pela Praia Fluvial do Mosteiro para que os depósitos de combustível das nossas meninas não fossem amolgados com os proeminentes e inchadíssimos abdómens.




Esta aldeia do Mosteiro foi uma das fustigadas pelos incêndios de julho e, apesar de ter estado completamente cercada, o seu núcleo central onde se situa a Praia Fluvial, foi preservado e apresenta ainda vegetação verde junto ao rio e pequena albufeira.





Neste passeio, passámos por kms de zonas florestais ardidas e por pequenas aldeias onde tudo em seu redor ardeu. Mesmo nos quintais, onde o fogo não chegou, as elevadas temperaturas queimaram e, certamente por combustão espontânea, dizimaram laranjais e latadas, outroras frescas e verdes, hoje estranhos "pilares" pretos e sem folhas.



Depois do pequeno passeio a pé e de "umas águas" no bar da Praia Fluvial, para "resmoer" o galo, voltámos a "dar à chave" para mais um pequeno percurso de cerca de 4,5 kms.


O destino era Vila Facaia, pequena freguesia do concelho de Pedrógão Grande e onde se situa o núcleo Museológico de Acordeões e Concertinas. 
Ficámos de boca aberta !!!!!!


Na foto abaixo, dois conhecidos "artistas": o Augusto Neves das concertinas e dos acordões e o João Sousa das "Duas Rodas" 😀



Trata-se dum acervo particular, propriedade do agora já nosso amigo Augusto Neves, ex-emigrante na Suiça e que tem dedicado grande parte da sua vida ao colecionismo destes populares instrumentos.



O seu espólio, de incalculável valor, tem alguns dos exemplares mais raros do que de melhor se fabricou e conta mesmo com alguns únicos no mundo, cujo valor é inestimável.



Augusto Neves, para além de um exímio executante destes instrumentos, é um óptimo anfitrião e recebeu-nos como amigos, promovendo uma detalhada visita guiada ao seu "museu" que culminou com uma outra visita, também guiada, à sua adega 



Como curiosidade, é também proprietário dum Mercedes 220 de 1951 que alguém quis trocar por uma GS  ... apesar de já "casquilhada" era mau negócio 



Este espaço, fruto do empenho, "carolice", gosto e dedicação do Augusto Neves, merece ser visitado e divulgado pois é, que se saiba, o único no mundo, tal a diversidade e valor das peças ali encontradas.

Bom... o dia estava a findar, o sol estava já a atingir a inclinação de "mais ou menos coiso e tal" e havia gente que já tinha decidido onde votar... era tempo de regressar.



Após muita discussão, decidiram os presentes ir à Quinta do Moinho "deitar abaixo" umas garrafas de espumante fresco, acompanhado por umas alcagoitas já descascadas...




Feita a prova, achou-se por bem avaliar também a qualidade do espumante do Jorge Mendes, quase vizinho da Quinta do Moinho.
Concluiu-se que o espumante do João Machado e do Jorge Mendes eram igualmente bons, pois eram do mesmo engarrafador, do mesmo distribuidor e, curiosamente, do mesmo produtor 
E assim se passou um excelente domingo...


Dia de sol e temperaturas elevadas para a época, alguns kms para tirar o pó aos escapes, boas estradas, comida boa, camaradagem fantástica, boa disposição e  a palhaçada do costume que, à noite já em casa, nos faz agarrar os maxilares e pensar:

"Eh pá.... até me doem os queixos de rir" 






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