A convite dos nossos amigos Javalis de Vinhais e "pressionado" pelo João Machado, acabei por decidir ir à Concentración Invernal Motauros 2017 em Tordesilhas.
A última vez que tinha experimentado os "prazeres" duma concentração de Inverno tinha sido em 2014 com esta mesma rapaziada e, como o vício pode mais que o Homem ...
Pois bem, ... eu, o João Machado, o Fernando Narciso e o Pedro Caetano começámos a viagem de cerca de 400 kms no Moleirinho, em Cernache, onde nos encontrámos para um café e umas lérias às 09:00.
Uma viagem pelo IP3, IC12 e A25 até Vilar Formoso onde já nos aguardava o Zé Augusto que veio de Paços de Ferreira, e reabastecer as motos e os "espíritos" com uma "bucha" que tínhamos levado.
Chouriço, queijo, pão, vinho e Favaios ... foi a ementa disponível
Prosseguimos a viagem sob um radioso mas frio sol de Inverno que nos acompanhou em todo o fim-de-semana.
Desde os 5º com que saímos, passando pelos -2,5º na zona de Penacova até aos 7º perto de Salamanca ... as temperaturas rondaram sempre estes valores.
E passavam já das 14:00 quando chegámos a Tordesilhas, ao local da concentração.
A azáfama era já grande ...
Aqui o Sendas, com o Eduardo a aplicarem os seus conhecimentos de "racha-cavacas" e o Tó Zé a fiscalizar ...
E depois dos cumprimentos e antes que fôssemos convocados para rachar lenha ... montámos o nosso bairro onde iríamos pernoitar as duas noites seguintes... posso dizer que o mais azarado fui eu ... explico mais adiante.
O Fernando Narciso ainda pensava que estava de serviço ao bloco no Hospital dos Covões
e o João só se safou com a complicada "montage" porque trouxe o assistente
Bom... adiante ... o Carlos Esteves ultimava os preparativos na "tenda das festas" ...
E esta rapaziada não brinca em serviço ... pão e gasolina pró gerador faltou não sei quantas vezes... agora as minis... sim senhor !!! nunca faltaram !!!
Depois de instalados comeu-se qualquer coisa e fomos dar "uma curva" pelas tendas do comércio ...
Esta concentração teve mais de 12 mil inscritos e as condições de acampamento eram bastante razoáveis.
E o programa era este ... embora, no meu caso, me tivesse limitado a circular junto à tenda do grupo, onde estava o material de sobrevivência
A fogueira era o "centro do mundo" e era em volta dela que tudo se passava ...
No entanto, os menos afortunados que não tinham um grupo que, embora em patamares mínimos nos garantia a existência , também não morriam à fome pois havia muita escolha de "bucha".
e como sempre acontece nestes encontros, presenciamos coisas verdadeiramente bizarras ...
aqui, num dos bares, uma exibição dum... sei lá como lhe hei-de chamar... disco-joquei talvez... com uma maquineta feita de material tão diverso que ia desde semáforos para peões, a adereços de palhaço ...
sim, bizarras mesmo
Para além da diversão houve também momentos sérios de reflexão e instrospecção onde pudemos, recatadamente, pensar sobre o verdadeiro sentido da vida.
Foi na tenda dos Biker Church Europe onde nos distribuíram uma bíblia que, no meu caso pessoal, muito jeito deu para uma leitura antes de adormecer, uma vez que ia cedo prá cama.
Na manhã de sábado uma ida a pé até Tordesilhas ... era pouco mais de 1km e o tempo estava fantástico.
Trata-se duma pequena cidade (ou vila?) que fervilhava de actividade com o seu maior acontecimento anual.
De pequenino se apanha o jeito
A Brigada do Calcitrin aproveitou para uma foto na Plaza Mayor
e como não poderia deixar de ser, para mais sendo eu um tipo interessado e curiosíssimo das coisas da nossa história ...
Uma foto na Casa del Tratado, o famoso de Tordesilhas, assinado em 7 de Junho de 1494 por representantes dos reinos de Portugal e Castela em que se dividia "AS TERRAS DESCOBERTAS E A DESCOBRIR".
e mais uma foto dos vaidosos cobiçando o "material" do touro e especulando sobre ... bem... merdas diversas de conversa de gajos
e de volta ao acampamento ponde nos esperava já o "chefe" Guto com o lanche na grelha ...
de salientar que todas as alheiras consumidas neste evento NÃO eram de Mirandela, repito, NÃO eram de Mirandela.
O apurado gosto transmontano nomeadamente de Bragança e Vinhais, não tolera o sabor das ditas e causa até uma certa alergia, nalguns casos urticária mesmo
era raro estarmos todos mas... com alguma sorte, conseguimos fazer o retrato de grupo com quase todos ...
e não pensem que foi só comer, beber e aquecer os pés à fogueira ... houve também momentos de lazer para os mais velhos ...
e para um renhido derby entre dois rivais competentíssimos
e este era o nosso refeitório ...
a tenda ao lado era uma autêntica discoteca... com música, luzes... e acção ... para o ano... não sei, ... talvez
momentos de muita amizade e prazer que alguns não puderam desfrutar completamente pois o espírito é mais forte que o corpo ...
A dureza do meio ambiente, o inóspito habitat, a impreparação imberbe, a pouca experiência ... fizeram os seus estragos ...
Foto às 07:00 de sábado...a noite de sexta foi péssima...a de sábado iria ser pior !!!!
Como facilmente se percebe, a experiência e o conhecimento acumulado, ou empírico como alguns lhe chamam, tem as suas vantagens ...
Mais um momento de "conbíbio" ...
A noite de sábado para domingo foi péssima ... como já previa
A tenda da música era a pouco mais de 50 metros... depois das bandas foi a música electrónica até às 06:00 ...
E os vizinhos dos lado, uns espanhóis sem sono... nunca a expressão "até a barraca abana" fez tanto sentido
Nota: a minha tenda é a verde.
E barulhentos.... muito barulhentos !!!!!
E na manhã de domingo, o cenário era este quando começámos a preparar o regresso.
preparados para a viagem, com -3,5º ... Brrrrrr !!!!!
ainda uma paragem na cidade da Guarda para almoço ...
Uma outra paragem antes de Vilar Formoso para reabastecer, despedidas ao Zé Augusto em Mangualde, uma última "água" na área de serviço da Aguieira e... toca a ir para casa tirar a roupa e o "sarro" de 3 dias
Em jeito de resumo posso dizer que se tratou dum revisitar de "maluqueiras antigas" ... penso que ainda tenho 20 anos e vou sempre com muito entusiasmo para os Motauros, Pinguins, Eskimós ... mas depois é que são elas .
Muito boa companhia daquela gente transmontana que recebe como ninguém, que é solidária e amiga como nenhum.
Um enorme OBRIGADO a todos eles.
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