terça-feira, 24 de junho de 2014

ELES COMEM TUDO ELES COMEM TUDO ...





Bom dia a todos:

Recordam-se concerteza da confusão que há dias se instalou por causa do acórdão do TC sobre a reposição dos salários.

As televisões inundaram-nos de notícias sobre a desorientação que se instalou e das muitas formas que estavam em cima da mesa para resolver o problema e, cada uma delas, complicando-o ainda mais.

Se havia retroactividade, se era a partir do dia X e não do Y,... deu para tudo.

O governo tinha muitas dúvidas e a coligação PSD-CDS impôs no parlamento um pedido de aclaração para que o TC explicasse, exactamente, como deveria ser aplicado o acórdão...

Curiosamente, no mesmo dia em que os deputados falavam "grosso" ao TC, desafiando-os e pondo em causa já não só as suas decisões mas também as pessoas que o compõem, os mesmos deputados davam luz verde à imediata reposição dos salários sem quaisquer dúvidas sobre o tal acórdão.

Ainda bem que neste país há instituições que funcionam bem e de forma perfeitamente esclarecida.

Volta Salazar, Caetano, Estaline, Franco, Mussolini, Pinochet, Otelo... e põe esta malta no Tarrafal ou noutro local condigno do seu carácter.

Estes vampiros alimentam-se do meu voto e da minha obediente resignação ... até ...






2 comentários:

  1. ...até....um dia....talvez.....quem sabe!

    Sábias palavras de Eça de Queiroz, este sim o verdadeiro bruxo, que já em 1867, dizia o seguinte:
    "Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o Estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?"
    - in "O distrito de Évora" (1867)"

    E nós o que aprendemos?
    Pelos vistos nada!!
    Beijo
    Carla

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