quinta-feira, 2 de junho de 2016

CONTAS DE MERCEEIRO


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Olá rapaziada:

Trago hoje aqui algumas contas que, depois do bacalhau à lagareiro, me propus fazer.

Peço que descontem o previsível efeito do vinho verde "Porta de não-sei-quê" mas são mais ou menos assim:

Com o fim dos Contratos de Associação, é expectável o despedimento de cerca de 4.000 pessoas... professores e restantes funcionários dos tais "colégios privados" que a tantos tem incomodado.

Ora bem, se a média de vencimentos dessa gentinha toda for de 1.000,00 /mês com uma taxa de IRS de 20%, o Estado deixará de receber 11.200.000,00 de IRS por ano... repito, 11 milhões e duzentos mil euros de IRS/ano.

Prosseguindo... se esse pessoal for para o Fundo de Desemprego com uma média de 600,00/mês o Estado dispenderá 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil euros/ano) durante 3 anos pelo menos o que equivale a 7.200.000.00,00 (sete milhões e duzentos mil euros)

Ora bem... já vamos em 11.200 ME de IRS a menos por ano e 2.400 ME de Sub Desemprego também por ano.

Se as minhas contas estão certas (continuo a dizer, descontem o efeito o verdinho fresco "porta de não-sei-quê") é assim:

O Estado deixar de receber em 3 anos de IRS: 11.200 ME
O Estado vai desembolsar em Sub Desemprego em 3 anos: 7.200 ME

Falta aqui incluir nestas contas (fonte oficial do governo) a poupança estimada com o fim dos Contratos de Associação: 30 ME (trinta milhões de euros).

O número é grande?... enorme mesmo?... pois é mas representa menos de 10% do orçamento do Ministério da Educação.

Assim sendo, posso afirmar, com toda a clareza que ficarão resolvidos os grandes problemas da educação em Portugal.


Ah... fod@-se que já me esquecia.... prevê-se que o Estado faça novas contratações para acomodar os alunos que vêm dos luxuosos colégios privados e, com isso, gaste cerca de 20 ME.

Estão a ver as poupanças?... é por a Aritmética ter sido abandonada e desmerecida nas Escola Primárias (sim, sou desse tempo...) que esta miudagem dos ministérios erra as contas !!!! 


3 comentários:

  1. Éh pá, João Rui,
    Tens que abandonar o vinho verde "Porta de não-sei-quê", dá-te para só veres de um olho!
    Há ou não poupanças? O Estado pode perder os tais 11M e gastar os 7.2M em subsídios de dsesemprego, mas se poupa 30M com a não renovação de novas turmas (apesar de serem só 10% do orçamento, nada que a gente que paga impostos não possa suportar para ver assegurado o direito à liberdade de escolha!) - não esquecer que só se está a falar de inícios de ciclo (mas isso agora não interessa, não é?).
    Então, se o Estado-Ministério da Educação vai ter mais alunos, não pode contratar os professores que ficam supranumerários no privado, e que os seus diretores vão escovar imediatamente (porque é isso que fazem quando os professores dos colégios privados se portam mal, daí que não hajam greves nem contestação nesse setor tão meritório que traz tanta gente bem formada para o país!).
    Não sei se acompanhaste a evolução dos colégios privados por esse Portugal fora, mas há muitos que, de facto, têm instalações como as escolas públicas não têm (excetuadas as que, ruinosamente, o ex-PM Sócrates mandou intervencionar), desde campos de golfe e piscinas olímpicas (a norte) a edifícios pertença dos próprios donos do colégio, e muita coisa à custa dos contratos de associação, grande parte fraudulentos (não admira que queiram perpetuar a sua vigência, captando a simpatia dos pais).
    Há muito ainda por saber, não nos precipitemos!
    Abraço

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    1. Bom dia caro Zé Luís.
      As poupanças verdadeiras estão por apurar pois não são mensuráveis apenas com a "básica aritmética". Dando 2 exemplos, Cernache e Granja do Ulmeiro (os que conheço mais de perto) faltará contabilizar na economia local os prejuízos decorrentes de, assim de repente, cerca de 500 pessoas deixarem de frequentar as localidades... destas, algumas tomarão café, passarão na loja dos legumes, irão à tasca,...
      Não conheço o nº de prof's com "horário 0" e desconfio mesmo que nem o próprio ME o saiba daí as minhas dúvidas quanto às poupanças anunciadas.
      Quanto aos colégios (a Norte, como diz) desconheço em absoluto se têm campos de golfe (embora o golfe seja uma área de desporto contemplada e prevista no plano da disciplina) e qual a propriedade dos terrenos/edifícios.
      Já aqui referi, e mantenho esta convicção, que o princípio não está errado... errado estão os "vendedores de escolaridade" (não escrevi educação propositadamente) que deveriam ser investigados e sancionados se a isso houvesse lugar.
      Se existem contratos fraudulentos devem ser investigados. O próprio sindicato, tão lesto a marcar contra manif's, não me lembro de, nesses colégios, ter feito qualquer intervenção e ter "chamado a justiça" para averiguar.
      Como ouvi dizer a alguém uma vez "Não há absolvições injustas mas sim investigações mal feitas".
      Se são mal feitas por falta de meios e inépcia... se por inconvenientes... não faço ideia.
      No meu caso, não tenho qualquer "simpatia" com o Director do CAIC, que os meus filhos frequentaram. Não somos "visitas de casa" nem sei onde mora sequer. A "simpatia" que me é causada pelo CAIC já foi explicada e nada tem a ver com aspectos d relacionamento pessoal.
      Os meus cumprimentos.

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  2. Essa cruzada dos colegios mais não é que uma birra do nogueira e sua trupe para conseguir mais uns quantos soldados para as suas hostes.

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