Olá a todos:
Ao falar hoje com um ex-colega de
trabalho, fiquei muito triste por saber que anda uma grande “confusão” na
empresa onde trabalhei …
Pessoas que nela conheci a
desempenhar lugares de responsabilidade, com honradez e profissionalismo,
fazendo dela “a sua casa”, orgulhando-se de defender a “camisola” mesmo em
momentos difíceis, “segurando as pontas” quando tudo parecia correr mal e os
clientes apenas tinham os seus rostos para mostrar o desagrado,
argumentando e serenando aqueles que viram os seus investimentos minguar por
força de “crises”, … estão agora a ser “castigados” com mudança de funções e
locais de trabalho, como se com isso fosse possível exorcizar todo o mal que
sobre ela impende.
Creio saber que os “resultados”
estão na origem dessas decisões o que apenas agrava o seu sentido pois não estão em causa comportamentos
reprováveis, de falta de profissionalismo ou, em ultima instância, outros até que
pudessem suscitar procedimento criminal.
NÃO foram eles que decidiram investir na Grécia,…
NÃO
foram eles que decidiram, teimosamente, levar por diante uma OPA sobre outra
empresa que tudo indicava ir correr mal,…
NÃO
foram eles que estiveram no centro da polémica das “off-shores” criados para subscrever aumentos de capital e que causaram milhões de prejuízos aos pequenos accionistas,…
NÃO
foram eles que politizaram a administração com elementos do partido, na altura,
no poder,…
NÃO foram eles que tornaram a administração da empresa num
comissariado político, …
NÃO foram
eles que decidiram contratar um político mais conhecido por uma história de “robalos”,
…
NÃO foram eles que, para o afastar não enegrecendo ainda mais a
imagem da empresa, lhe ofereceram choruda indemnização por escassos meses de “trabalho”
na empresa,…
NÃO
foram eles que fizeram com que a empresa fosse acusada de manipulação de
mercado, burla e falsificação contabilística,…
NÃO
foram eles que manipularam resultados para que a administração recebesse chorudos
prémios,..
NÃO
foram eles que decidiram estratégias, hoje reconhecidamente despropositadas e
que se traduziram em previsíveis prejuízos,…
NÃO
foram eles que se arrogaram iluminados criadores de marketing e produtos aos
quais, depois de lançados, foi reconhecida a sua total falta de oportunidade,…
NÃO foram eles que decidiram apoios que se traduzem, agora, em
elevados prejuízos, …
NÃO foram eles que decidiram remunerar alguns com pornográficas reformas,...
NÃO foram eles que engordaram quadros de pessoal, reconhecidamente
excedentários, não na sua base que vive com “falta de braços” mas de quadros
médios para cima (“há mais generais que quartéis e almirantes que navios”,
alguém disse um dia a propósito de problema semelhante nas Forças Armadas), …
NÃO são eles que fazem com que o “título” esteja como está pois,
todos os dias, trabalham para criar valor …
Portanto, … “deixem-me trabalhar”
João, excelente! A tua veia literária excedeu-se nesta tua indignação cheia de sentido e apurada. Parabéns!
ResponderEliminarÓ Aires ... embora com muita tristeza pelos ex-colegas que sei serem competentes e sempre terem dado o sue melhor ...
EliminarA pressão dos resultados espezinha os valores ...
Abraço