terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

FOMOS TIRAR O BOLOR AOS ESCAPES




"Olha lá João... estive a ver e amanhã vai estar um dia sol porreiro... e se fôssemos dar uma volta?"... perguntou-me o João Machado ...

"Ó pá... estás a perguntar ao cego se quer ver?"... disse eu, "Claro que sim !!"

E às 09:30 combinadas, encontrámo-nos em Penela com o António Rodrigues, para seguir pelo IC8... e depois logo se via 

Enquanto tomámos café, fui desembrulhar o mapa (ainda não me habituei ao raio do GPS) e, perante a proposta do João Machado de irmos almoçar a Cedillo comecei a estudar a rota ...

"Bem, vamos até Vila Velha de Ródão e depois logo se vê ... " foi a minha proposta logo ali aceite, por unanimidade e aclamação !!! 

Chegámos a Vila Velha de Ródão eram mais de 10:30 ... uma hora mesmo a calhar para uma "bucha" 

E onde havíamos de ir?... ao Restaurante o Mangual que nos tinha deixado tão gratas recordações dum dos passeios dos LESMAS 

Muitíssimo bem recebidos pela D. Alice, logo ali sugeriu fazer umas omeletes de Chouriço e farinheira ... acompanhadas dum cházinho de... bem, já não sei,... só me lembro que vieram dois jarros 


As duas omeletes 


E os que as paparam 

Bom... e mais uma olhadela ao mapa, perguntar ao padeiro que fazia a distribuição se podíamos chegar a Cedillo pela barragem com o mesmo nome ... disse-nos que não... que não havia caminho... e pela de Montalvão também não porque só abria ao sábado e domingo ... perante a negativa, aproámos mesmo à barragem pensando que, para as motas, há-de arranjar-se um caminho 

pois... mas não havia mesmo ... o que existia era um carreiro, de terra batida, buracos, xisto e seixos com fartura...  e eu atrás da Africa Twin e da GS com a minha traineira 

No regresso vim sempre com  atenção não fosse ter perdido alguns tuperware's pelo caminho 




E o "caminho" foi desembocar no Embalse de Cedillo ... e, de facto, não havia mesmo forma de passar para o outro lado a não ser a nado 



Bem feito 


Aproveitou-se para descansar o "traseiro" e fazer umas fotos que o sítio era bonito e o dia, apesar de frio, estava lindíssimo 


De regresso a Monte Fidalgo, onde começava o "alcatrão", dei uma rápida vista de olhos a ver se não faltavam plásticos na traineira e aí vamos nós em direcção a Monforte da Beira.

O GPS dizia para irmos pela N18 até não sei onde, depois para não sei quê, e tal ... mas eu gosto é de estradas pequeninas e bem lá pelo interior 


Olhem a Serra da estrela cheia de neve 


Uma pequena paragem sobre o Rio Ponsul, um dos afluentes do Tejo


e pouco depois chegávamos a Segura ...

Onde o João Machado quis experimentar a GS pelas inclinadas ruelas e estreitas vielas ... ai a minha traineira coitadinha, ... levou cada aperto 


Mas do alto da capela foi possível ver estas "vistas" ... a zona raiana é muito bonita sim senhor 


Uma bonita perspectiva do Rio Erges, (ou Rio Tejo como alguém lhe chamou  )logo  ali ao lado de Segura e que serve de fronteira durante parte do seu percurso



Segura, freguesia do concelho de Idanha-a-Nova, situada num "alto" como convinha à defesa da integridade territorial do Portugal medieval 

E cerca de 1 ou 2 kms depois já estávamos na ponte romana que passa o Rio Erges para o lado da Extremadura, província do Reino de Espanha.





E uma foto do grupo a assinalar a despedida de Portugal ... não sabíamos ainda se e quando voltaríamos 


Andados os cerca de 20 kms que nos separavam de Alcântara, outra boa surpresa: a ponte romana que permite passar o Rio Tejo, aqui ainda em território espanhol, mas, mais a jusante, servindo também de fronteira.


Construída no Sec II apresenta ainda hoje um exemplar estado de conservação.
É um dos vários exemplos da arquitectura romana na península, e construída no consulado do imperador Trajano.

Este imperador romano deu particular atenção às vias que cruzavam o império sendo esta a via que ligava a cidade de Cáceres (Norba ao tempo romano) e a nossa bem conhecida Conímbriga.


No alto, a vila de Alcântara, outrora cidade fronteiriça fortificada como todas as da raia lusitana  e espanhola, sendo ainda bem visíveis os vestígios das suas muralhas.


E com o ir a Espanha e não abastecer é um crasso erro ... lá fomos "abastecer" pois os preços dos combustíveis é bem mais simpático que os do lado de cá ...


Consegue-se abastecer o depósito com menos "centenos" e passeia-se 





E depois dos bocadillos, das raciones, dos tapas e das cañas... o João Machado clicou em "casa" no seu GPS (é o único botão em que ele sabe mexer  ) e aí viemos nós... cantando e rindo, satisfeitos pelo dia bem passado e "marcando" para um próximo passeio ... dos LESMAS com certeza ... esse grande grupo motard.

NOTA 1: Já agora, para quem não sabe, a direcção dos LESMAS vai marcar uma assembleia geral para analisar o pedido da Federação Portuguesa de Motociclismo para aderir aos Lesmas ...     e para não falar em vários motoclubes que querem ser nossos sócios ... ao que isto chegou.

NOTA 2: e mais 500 kms prá conta pessoal 








4 comentários:

  1. Parabéns pelas bonitas fotografias dos locais por onde passaste, as outras não comento :)
    Este teu passeio faz-me lembrar, com bastante saudade, aqueles que dei com a minha duas rodas. Velhos tempos...

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  2. Se eu não soubesse mexer no GPS, ainda andavas a empurrar a traineira com falta de petróleo....

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    1. AHAHAHAHAH... teria sempre a possibilidade de perguntar ao RPM ...
      Nunca o ouvi dizer estas 3 frases:
      1. Não conheço
      2. Nunca lá fui
      3. Não faço ideia o que lá há

      .....
      Ehehehehhe

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