Caros amigos e leitores:
Estou com pele-de-galinha ao escrever este post ...
Descobri esta preciosidade, uma raríssima gravação da Marcha X que, em tempos, foi executada pela filarmónica onde aprendi música e "soprei na lata" o melhor que pude e soube durante mais de 20 anos.
Recordo que, naqueles tempos, todas as pautas eram copiadas "à mão" da partitura original... mais tarde apareceram as "xerox" e foi possível fazer cópias.
A partitura desta marcha, lembro bem, era um volumoso papel amarelecido, grosso e já muito esbatido, que se encontrava nas prateleiras poeirentas da antiga sede da Sociedade Filarmónica Recreativa e Beneficente Vilanovense.
Impecavelmente manuscrito, com notas e figuras bem desenhadas, qual obra de convento transcrita por um monge copista, foi recuperada por um dos vários maestros que tiveram a honra de dirigir esta centenária banda, que a trouxe de novo às estantes para ensaio.
Ouço-a com saudade ... da minha infância, dos meus companheiros de outrora, dos "velhotes" já falecidos a quem pregava partidas e, com os meus comparsas de "judiarias", brincava:
O Zé Maia "General Queixadas", o António "Bardó", o António "Sapateiro", o Ti Zé Lima "Teso", o Manuel "Grilo", o Zé Galvão, o Luís Duque, o Zé "Barrão", o Ti Germano, o Álvaro "Maceta", os irmãos Gato, o Manuel "Sarita", o José Alves Cardoso, O Virgílio Galvão e o seu filho, ambos saxofonistas, que moravam em Belide e vinham, de inverno, para os ensaios numa motorizada ... e tantos outros que a memória não me deixa indicar ...
Momentos de imensa felicidade que, sem dúvida, tive a oportunidade de viver.
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